Apesar de ter sido uma investida grandiosa, pouco se sabe fora da bolha cinematográfica que o Brasil quase consolidou “uma Hollywood pra chamar de sua”. Entre 1949 e 1954, a Companhia Vera Cruz estabeleceu em São Paulo um complexo de estúdios que tentou reproduzir por aqui o modelo de produção norte-americano. E se os EUA tinham Greta Garbo e Ingrid Bergman desfilando por Los Angeles, por aqui também tínhamos uma estrela de renome: Eliane Lage. Apesar da curta carreira, Eliane tornou-se um ícone da sétima arte nacional, integrando obras como Caiçara (1950), Ângela (1951), Sinhá Moça (1953) e Terra É Sempre Terra (1951).
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Agora, um retrato literário dessa trajetória gloriosa acaba de ganhar uma nova roupagem com o relançamento de Ilhas, Veredas e Buritis, autobiografia de Lage. O prefácio da cineasta Helena Solberg e um posfácio afetivo escrito pelo neto André Lage são algumas novidades da publicação, lançada pela primeira vez em 2005. Já o prólogo é assinado pelo escritor Ignácio de Loyola Brandão, passando em revista toda a vida da atriz, desde sua infância, vivida na ilha de Santa Cruz, na Baia da Guanabara, suas idas e vindas pela Europa e pelo Brasil, indo até os dias de hoje, em que está radicada na cidade de Pirenópolis, em Goiás.
O enredo redigido por Eliane ainda narra sua relação de estreita proximidade com a socialite Yolanda Penteado – a quem chamava de tia – que foi casada com o industrial e mecenas Ciccillo Matarazzo. Aos interessados, o livro – classificado pelos responsáveis como “uma história sobre resiliência, feminismo e alegria” – pode ser adquirido no link oficial a partir de R$ 79,90.
