IndieLisboa 2020 :: Drama brasileiro A Febre leva o prêmio principal

Publicado por
Bruno Carmelo

No último sábado, 5 de setembro, foram anunciados os vencedores do IndieLisboa 2020, um dos maiores festivais mundiais dedicados à produção independente. O cinema brasileiro venceu o prêmio máximo do festival, entregue ao drama A Febre (2019), de Maya Da-Rin. O filme já tinha vencido os festivais de Brasília e Biarritz, além de levar o prêmio da crítica no Festival de Locarno.

A Febre segue a trajetória de Justino, vigia no porto de carga de Manaus. O homem de origem indígena recebe a notícia de que a filha vai deixar a casa da família para estudar em Brasília, e de repente se vê acometido por uma febre intensa. Ele começa a suspeitar que uma criatura misteriosa esteja seguindo seus passos.

Em paralelo, dois filmes brasileiros dividiram o prêmio Silvestre de melhor longa-metragem: Breve Miragem de Sol (2019), de Eryk Rocha, que aborda a opressão da cidade grande sobre um solitário taxista (Fabrício Boliveira), e Todos os Mortos (2020), de Caetano Gotardo e Marco Dutra, uma releitura sobre a História do Brasil pelo prisma do cinema de gênero.

Confira todos os vencedores:

 

A Febre

Competição internacional

Grande prêmio de longa-metragem Cidade de Lisboa
A Febre (Brasil/França/Alemanha, 2019), de Maya Da-Rin

Prêmio especial do júri de longa-metragem
Victoria (Bélgica, 2020), de Isabelle Tollenaere, Liesbeth De Ceulaer e Sofie Benoot

Grande prêmio de curta-metragem
Tendre (França, 2020), de Isabel Pagliai

Prêmio de melhor curta-metragem de animação
This Means More (França, 2019), de Nicolas Gourault

Prêmio de melhor curta-metragem documentário
Douma Underground (Líbano, 2019), de Tim Alsiofi

Prêmio de melhor curta-metragem de ficção
Shangzhai Screens (França/China, 2020), de Paul Heintz

 

O Fim do Mundo

Competição nacional

Prêmio Allianz de melhor longa-metragem português
O Fim do Mundo (2019), de Basil da Cunha

Prêmio de melhor direção em longa-metragem português
A Metamorfose dos Pássaros (2020), de Catarina Vasconcelos

Prêmio Dolce Gusto de melhor curta-metragem português
Meine Liebe (2020), de Clara Jost

Prêmio novo talento FCSH/NOVA
Corte (2020), de Bernardo Rapazote e Afonso Rapazote

 

Todos os Mortos

Júris paralelos

Prêmio Novíssimos The Yellow Collor
Contrafogo (Portugal, 2020), de Carolina Vieira
(menção especial) Nestor (Portugal, 2019), de João Gonzalez

Prêmio Silvestre de melhor longa-metragem (empate)
Breve Miragem de Sol (Brasil/França/Argentina, 2019), de Eryk Rocha
Todos os Mortos (Brasil/França, 2020), de Caetano Gotardo e Marco Dutra

Prêmio Silvestre de melhor curta-metragem
Apparition (Tunísia/França, 2019), de Ismaïl Bahri

Prêmio IndieMusic (empate)
White Riot (Reino Unido, 2019), de Rubika Shah
Keyboard Fantasies: The Beverly Glenn-Copeland Story (Reino Unido, 2019), de Posy Dixon

Prêmio Árvore da Vida de melhor filme português
O Fim do Mundo (Portugal, 2019), de Basil da Cunha

Prêmio Amnistia Internacional
Douma Underground (Líbano, 2019), de Tim Alsiofi

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

Últimos artigos deBruno Carmelo (Ver Tudo)