Categorias: BastidoresNotícias

Inglaterra permite reabertura de cinemas em grandes cidades, mas exibidores hesitam

Publicado por
Bruno Carmelo

Em meio à segunda onda de Covid-19, muitas cidades europeias voltaram a fechar as salas de cinema, solicitando aos habitantes que evitassem aglomerações e permanecessem em suas casas se possível. No entanto, a Inglaterra enfrenta situações distintas entre cidades: enquanto Londres, Manchester, Liverpool, Birmingham e Bristol atingiram o Nível 2 de contágio, as localidades menos populosas permanecem em Nível 3.

Na prática, isso significa que as salas de cinema das maiores cidades estão autorizadas a retomar as atividades, contanto que mantenham os protocolos de segurança: lotação reduzida, uso obrigatório de máscaras, restrição ao consumo de comidas e bebidas. Bares e restaurantes também são permitidos, porém o álcool só é autorizado “junto de uma refeição substancial”, de acordo com as autoridades locais.

LEIA MAIS
Segunda onda da Covid-19 afeta salas de cinemas e filmagens na Europa. Confira as nova restrições
Reino Unido :: Diretores criam cartilha para cenas de sexo em tempos de Covid-19
Soul :: Disney lançará nova animação da Pixar diretamente em streaming. Decisão revolta exibidores

 

Cinema da rede Cineworld, no Reino Unido

 

Mesmo assim, segundo a Variety, as principais redes de cinema hesitam em programas sessões, com medo que os custos da operação não compensem a fraca bilheteria. Primeiro, existe o fato de que os principais filmes foram adiados para 2021. Segundo, os espectadores continuam reticentes em frequentar espaços fechados com ar condicionado. As redes Cineworld e Vue, duas das maiores empresas de exibição no país, não pretendem abrir as portas em 2020. Elas seguem o exemplo da Alemanha, onde o circuito optou pelo fechamento até o fim do ano.

“Precisamos permanecer vigilantes. Atualmente, temos 16.570 pessoas nos hospitais com coronavírus ao redor do Reino Unidos, e 696 mortes foram reportadas hoje [26 de novembro]. Isso significa que 696 novas famílias estão de luto pela perda de uma pessoa querida, e os lares sofrem com elas. Por mais tentador que seja, não podemos simplesmente virar uma chave e tentar voltar à vida normal”, afirmou o Secretário da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, ao Parlamento.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

Últimos artigos deBruno Carmelo (Ver Tudo)