Dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna, Iracema: Uma Transa Amazônica (1975) é um dos principais filmes brasileiros dos anos 1970. E o longa-metragem acaba de ganhar uma cópia restaurada que será apresentada pela primeira vez em evento a ser realizado no Instituto Moreira Salles de São Paulo (Av. Paulista, 2424) nesta quinta-feira, 19, a partir das 19h, com entrada totalmente gratuita. A distribuição de senhas à sessão especial de Iracema: Uma Transa Amazônica começa uma hora antes e o limite é de uma senha por pessoa.
A sessão especial será seguida de um bate-papo com Bodanzky, a atriz Edna de Cássia, intérprete de Iracema, o documentarista João Moreira Salles e mediação de Kleber Mendonça Filho, curador de cinema do IMS.
Em Iracema: Uma Transa Amazônica um caminhoneiro que trafega pela Transamazônica, a grande rodovia do Brasil que atravessa a floresta amazônica, e conhece uma garota de programa. Aos poucos, ele percebe os problemas daquela região. Na companhia de Iracema, ele percorre parte da faixa territorial amazônica, então zona de segurança nacional sob rígido controle militar, contracenando com moradores e interagindo com outros intérpretes, em um filme que mescla recursos do documentário e da ficção.
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Os grandes destaques do elenco de Iracema: Uma Transa Amazônica são Paulo César Peréio, intérprete do caminhoneiro Tião, e Edna de Cássia, a atriz que dá vida à Iracema. Ele é um dos principais atores do cinema brasileiro, peça fundamental na nossa cinematografia desde os anos 1960, integrando elencos de filmes do Cinema Novo, Cinema Marginal e de outros movimentos e tendências importantes. Já Edna ganhou o Troféu Candango do Festival de Cinema de Brasília de 1980 como Melhor Atriz, mas preferiu não seguir carreira nos cinemas, na TV ou nos palcos.
Outros destaques do elenco de Iracema: Uma Transa Amazônica são: Lúcio Dos Santos, Elma Martins, Fernando Neves, Wilmar Nunes, Sidney Piñon, Rose Rodrigues e Conceição Senna.
O restauro de Iracema: Uma Transa Amazônica teve direção artística de Jorge Bodanzky, produção e coordenação técnica de Alice de Andrade e supervisão de Martin Köerber, na Alemanha, e Débora Butruce, no Brasil. A restauração partiu do negativo original de imagem da versão alemã e do magnético de som 16 mm. A restauração de imagem foi feita em 4k no Laboratório Cinegrell, em Berlim, entre junho e julho de 2024. As matrizes digitais foram produzidas na Cinemateca Brasileira e lá depositadas.
Junto com seus irmãos Maria e Antonio de Andrade, Alice de Andrade já havia trabalhado no restauro da obra completa de seu pai, o cineasta Joaquim Pedro de Andrade. Köerber, o supervisor do processo, foi responsável também pelo restauro da obra de Fritz Lang.
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