20240618 jacqueline laurence papo de cinema

A atriz Jacqueline Laurence morreu nesta segunda-feira, 17, aos 91 anos. De acordo com informações da família, ela estava internada no Coordenação de Emergência Regional, no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, desde a última quinta-feira, 13. A causa da morte foi uma parada cardíaca. Nascida em 1935 na cidade francesa de Marselha, Jacqueline se mudou durante a adolescência para o Brasil ao lado do pai que era jornalista – profissão seguida por seu irmão e também mais tarde por seu sobrinho. Apesar de ter vivido a maior parte de sua vida por aqui, ela nunca se naturalizou brasileira. Mesmo assim, se dizia brasileiríssima e afirmava que pouco se importava se alguém discordasse disso. Já em solo latino-americano, participou entre  os anos de 1955 e 1957 da primeira turma da FBT (Fundação Brasileira de Teatro), ingressando depois nos grupos em O Tablado e A Comunidade. Desde cedo se notabilizou por suas personagens sofisticadas e requintadas.

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Nas telinhas, Jacqueline Laurence participou de obras que marcaram época, tais como Dancin’ Days (1978-1979), Guerra dos Sexos (1983-1984), Cambalacho (1986), Top Model (1989-1990), O Dono do Mundo (1991-1992), Salsa e Merengue (1996-1997), Senhora do Destino (2005), Água na Boca (2008), Ribeirão do Tempo (2010), e Babilônia (2015). Sua última participação foi em Salve-se quem Puder (2021). No teatro, o grande destaque de sua carreira foi a direção do Besteirol, um dos movimentos mais simbólicos dos palcos do Rio de Janeiro dos anos 1980, trabalho que projetou figuras como Miguel Falabella, Guilherme Karam e Mauro Rasi. Já nos cinemas, Jacqueline estreou interpretando uma enfermeira em O Mundo Alegre de Elô (1967), posteriormente participando dos elencos de Gente Fina É Outra Coisa (1977), Menino do Rio (1982) e Polaróides Urbanas (2008). Seu último trabalho nas telonas foi em Jovens Polacas (2020).

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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