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James Earl Jones, de Star Wars e premiado com o Oscar, morre aos 93 anos

Publicado por
Robledo Milani

Uma voz que entrou para a história. James Earl Jones, um dos maiores astros do cinema norte-americano, faleceu nessa segunda-feira, dia 09 de setembro, aos 93 anos. Segundo o site Deadline, ele se encontrava em sua residência, em Nova York, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada.

James Earl Jones deixou sua presença marcada para sempre no cenário da cultura pop mundial mais pela sua voz do que por sua figura física. Afinal, é dele a identidade sonora de dois importantes personagens: o vilão Darth Vader, da saga Star Wars, e o rei Mufasa, o pai de Simba em O Rei Leão (nas versões de 1994 e na de 2019).

James Earl Jones nasceu no dia 17 de janeiro de 1931, em Mississippi, EUA. Ele serviu ao exército durante a Guerra da Coreia, nos anos 1950, e ao voltar para casa deu início à carreira como ator. Primeiro, nos palcos. Sua estreia na Broadway foi em 1957.

Em seguida, James Earl Jones foi chamado para a televisão, tendo aparecido em séries como Monitor (1962) e Look Up and Live (1963). No cinema, o primeiro trabalho foi já sob o comando de um mestre: a primeira aparição na tela grande se deu em Dr. Fantástico (1964), de Stanley Kubrick.

O reconhecimento não tardou. Em 1968, James Earl Jones ganhou o Tony, o mais importante troféu do teatro norte-americano, como protagonista da peça The Great White Hope. Ele ganharia esse mesmo troféu em duas outras ocasiões, uma competitiva e uma honorária.

O mesmo texto foi adaptado para o cinema em A Grande Esperança Branca (1970), de Martin Ritt. A atuação de James Earl Jones como o boxeador Jack Jefferson foi responsável por sua única indicação ao Oscar, performance que lhe valeu o Globo de Ouro de “Revelação Masculina” do ano.

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James Earl Jones ganhou todos os principais prêmios da indústria cultural dos Estados Unidos. O Oscar veio anos depois, em 2012, na forma de um troféu honorário pelo conjunto de sua carreira. Antes disso conquistou 3 Emmys (a maior honraria da televisão) e 1 Grammy (em 1977, pela narração do documentário Great American Documents, em parceria com os colegas Helen Hayes, Henry Fonda e Orson Welles).

Ao longo de uma carreira de mais de setenta anos, James Earl Jones apareceu em sucessos como O Exorcista II: O Herege (1977), Conan, O Bárbaro (1982), Campo dos Sonhos (1989) e A Caçada ao Outubro Vermelho (1990). Sua vida foi transformada, porém, após aceitar um convite para um trabalho relativamente discreto, que nem mesmo foi creditado na versão final que chegou aos cinemas.

O responsável por esse chamado foi George Lucas, que pensou em James Earl Jones para dar voz ao enigmático Darth Vader em Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977) – na época chamado apenas de Guerra nas Estrelas! O impacto foi tão grande que reprisou esse mesmo personagem em nada menos do que outras 11 ocasiões, desde projetos para a televisão, videogames, streaming e nas sequências para o cinema. Seu último esforço nesse sentido foi na série Obi-Wan Kenobi (2022), também seu trabalho derradeiro.

James Earl Jones em Um Príncipe em Nova York 2, seu último trabalho no cinema

Como Mufasa, ouvido pela primeira vez na animação O Rei Leão (1994), a repercussão também foi gigante. Tanto que James Earl Jones o repetiu em outros seis projetos. Também ficará marcada sua participação como o rei Joffer em Um Príncipe em Nova York (1988). Sua volta em Um Príncipe em Nova York 2 (2021) marcou também sua despedida das telas.

James Earl Jones foi casado duas vezes, com as atrizes Julienne Marie (entre 1968 e 1972) e com Cecilia Hart (de 1982 até a morte dela, em 2-16). Viúvo, teve apenas um filho, com a segunda esposa. Dessa união nasceu Flynn Earl Jones. Ao todo, seu nome aparece nos créditos de inacreditáveis 190 produções, entre cinema e televisão.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.

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