20180109 james franco papo de cinema
22 dez

Em maio deste ano, o ator Seth Rogen afirmou que não trabalharia mais com seu colaborador de longa data, James Franco, por conta das acusações de má conduta sexual que recaem sobre seu agora ex-amigo. Os casos vieram à tona em 2018, mais precisamente quando Franco venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia ou Musical por Artista do Desastre (2017). Ao menos cinco mulheres relataram episódios de naturezas distintas, mas pelos quais ele chegou a ser chamado de “predador sexual”. Uma delas, a atriz Charlyne Yi, citou Rogen como facilitador, por não fazer nada diante dos crimes. Na ocasião, Rogen disse que continuaria a trabalhar com Franco, mas depois as coisas mudaram. “Eu… olho para trás, para aquela entrevista em 2018, na qual comento que continuaria trabalhando com James, e a verdade é que não tenho mais esse desejo, não pretendo fazer isso agora”, disse ele à revista Sunday Times.

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Numa recente entrevista ao The Jess Cagle Podcast, James Franco admitiu que transou com alunas (ele também é professor) e que tem noção de que isso estava errado: “Mas, como eu disse antes, não foi por causa isso que comecei a escola e tampouco foi assim que escolhi as pessoas para estarem na classe. Portanto, não foi um ‘plano de mestre’ da minha parte. Mas, sim, houve certos casos em que, você sabe, tive relações consensuais com alunas e não deveria. Na época eu não estava legal, mas tudo se resume ao critério que eu usava: se for consensual, acho legal. Afinal, somos todos adultos.”, afirmou o astro. E ele aproveitou para comentar sobre Seth Rogen: “Quero dizer que absolutamente amo Seth Rogen. Amo Seth Rogen. Trabalhei com ele durante 20 anos e não brigamos. Por 20 anos e nenhuma briga. Ele era meu amigo de trabalho mais próximo….O que ele disse é verdade. Não estamos trabalhando juntos agora e não temos planos de trabalhar juntos. Claro, foi doloroso no contexto, mas entendo. Ele teve que responder por mim, até porque eu estava em silêncio. Ele teve que responder por mim e eu não quero isso. E é por isso, você sabe, um dos principais motivos pelos quais eu queria falar com você hoje. Simplesmente não quero Seth, meu irmão [Dave Franco] ou qualquer outra pessoa tenha de responder por mim”.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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