Antes de se tornar um dos queridinhos dos geeks por comandar os dois longas-metragens dos Guardiões da Galáxia, James Gunn, entre outras coisas, foi o roteirista das duas versões live-action dos filmes do Scooby-Doo. Dirigido por Raja Gosnell, o primeiro deles faturou alto, cerca de US$ 257 milhões, o que prontamente permitiu a sequência. Mas, uma coisa que pouca gente sabia até recentemente é que a ideia de Gunn era apresentar Velma, a personagem mais inteligente da turma que desvenda crimes – geralmente tirando máscaras e revelando que fulano na verdade é beltrano –, como uma personagem abertamente homossexual. Respondendo a um fã num de seus canais de mídia social, o realizador falou sobre um processo que infelizmente não é incomum, especialmente no que diz respeito a produções com aspirações a grandes bilheterias.
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“Eu tentei! Em 2001, Velma era explicitamente gay no meu roteiro inicial. Mas o estúdio continuou diluindo e diluindo isso, tornando a sua orientação de gênero ambígua (na versão filmada), depois suprimindo isso (na versão lançada) e finalmente criando um um namorado para ela (na sequência)”. Para outro fã, Gunn afirmou que uma cena deletada dava a entender o que ele desejava nos termos da sexualidade de Velma. Ele ainda se disse surpreso com a base de fãs que os filmes criaram ao longo dos anos. Já está mais do que na hora, senhora Hollywood, de parar com essa invizibilização. Políticas cinematográficas afirmativas são mais do que urgentes.