20240130 jandira martini papo de cinema

A atriz e autora Jandira Martini morreu nesta segunda-feira, 29, aos 78 anos, por causa de um câncer de pulmão. Ela estava internada num hospital da cidade de São Paulo e não resistiu ao avanço da doença. A notícia foi divulgada pelo também ator Marcos Caruso, parceiro de longa data de Jandira, que se despediu da amiga numa postagem em sua conta no Instagram: Jandira Martini, minha maior amiga e prova de que os opostos se atraem e se completam. Juntos escrevemos peças, roteiros de cinema, séries e novelas. Minha grande confidente, conselheira e responsável pelas minhas maiores gargalhadas. Minha mestra. Sabe quando você passa pela escola na qual você estudou e vê que o prédio foi demolido? Assim me sinto com a sua partida”. Jandira Lúcia Lalia Martini nasceu na cidade de Santos, no estado de São Paulo. Formou-se em Letras pela Universidade Católica de Santos e fez curso de interpretação na Escola de Arte Dramática de São Paulo. Começou a sua carreira no teatro como intérprete. Mais tarde, nos anos 1970, foi uma das fundadoras do Royal Bexiga’s Company, tornando-se uma bem-sucedida autora de comédias nos anos 1980 e 1990, assinando as peças Em Defesa do Companheiro Gigi Damiani (1981), Sua Excelência, o Candidato (1986), Jogo de Cintura (1988), A Vida É Uma Ópera (1992), Porca Miséria (1993), O Céu da Pátria (1994), Os Reis do Improviso (1996) e Operação Abafa (2006).

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A partir dos anos 1980, Jandira Martini começou a construir uma sólida carreira na teledramaturgia brasileira. É conhecida nacionalmente por seu trabalho nas novelas Sassaricando (1987), Brava Gente (1996), A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), Éramos Seis (1994), O Clone (2001-2002), América (2005), Caminho das Índias (2009) e Morde & Assopra (2011). Nos cinemas, ela estreou como atriz em Será Que Ela Aguenta? (1977). Ao longo dos anos, participou dos elencos de Uma Escola Atrapalhada (1990), Olga (2004), Trair e Coçar é Só Começar (2006) – do qual também foi roteirista -, 10 Horas Para o Natal (2020) e Uma Pitada de Sorte (2022) – este, aliás, foi sua última aparição na tela grande.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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