O Globoplay, serviço de streaming do grupo Globo, anunciou nesta sexta-feira, 06, duas séries sobre a vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada a tiros no dia 14 de março de 2018, assim como seu motorista, Anderson Pedro Gomes, em circunstâncias ainda não esclarecidas pela polícia. A primeira das produções, documental, estreia integralmente no dia 13 de março na plataforma, isso após o primeiro episódio ser exibido na Rede Globo na noite anterior. Foram cinco meses de trabalho. Ela marca o início do investimento do Globoplay em documentários jornalísticos. “É um caso ainda sem respostas, com algumas reviravoltas ao longo desses dois anos. Isso é o que basicamente guia o documentário. Existem duas cronologias que correm paralelamente. A história de vida da Marielle e a do 14 de março até os dias de hoje, desde a investigação até a repercussão do caso, o impacto nas famílias e o surgimento das fake news”, disse o diretor Caio Cavechini.
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A segunda, ficcional, contará na linha de frente da equipe criativa com o diretor José Padilha e os roteiristas George Moura e Antonia Pellegrino. A série ainda está em fase de pré-produção, sem nome ou mesmo previsão para estreia. “Tenho uma história com narrativas que contam a violência do Rio de Janeiro, com Ônibus 174 e Tropa 1 e 2. Eu tinha vários projetos nos EUA andando com FX, Showtime, mas parei eles para esse projeto, que é onde está meu coração”, afirmou Padilha. Na internet o anúncio da novidade foi seguido de manifestações de estranhamento, para dizer o mínimo, principalmente por conta do envolvimento de Padilha na série da Netflix O Mecanismo (2018-), acusada de deturpar fatos em prol dos grupos ideologicamente mais associados à direita. Como é público e notório, Marielle Franco era vereadora pelo PSOL-RJ e não teve sua covarde execução lamentada de maneira sequer semelhante pelos dois lados dessa disputa atual entre direita e esquerda. E você o que acha da novidade?