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José Santa Cruz, ator e dublador, morre aos 95 anos

Publicado por
Marcelo Müller

No último dia 26 de abril, o ator e dublador José Santa Cruz morreu aos 95 anos na cidade do Rio de Janeiro. Portador da doença de Parkinson, ele estava internado por conta de um quadro de broncopneumonia que se agravou o levando a óbito. Apelidado pelos colegas e amigos mais próximos de Santinha, ele nasceu na Paraíba e ingressou na carreira artística aos 18 anos de idade ao substituir um amigo no rádio. A partir daí, sua vida foi cercada de arte nas mais diversas áreas. Estreou na televisão em 1960, na inauguração da TV Clube, sediada na capital paraibana, e foi admitido na TV Tupi em 1963, mesma época em que começou a atuar como dublador, antes da sua chegada à TV Globo em 1971.

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Como dublador, José Santa Cruz emprestou sua voz a diversos personagens, sendo os mais famosos Dino da Silva Sauro, do seriado Família Dinossauro (1991-1994) – como se esquecer do bordão “Querida, Cheguei!”, que inaugurava todos os episódios do programa?. Ele também dublou o Magneto de X-Men (nos desenhos animados), Rúbeo Hagrid na saga Harry Potter, J.J. Jameson nos filmes do Homem-Aranha e o ator Danny DeVito na maioria de seus filmes lançados no Brasil. Na TV participou dos elencos de Alô, Brasil, Aquele Abraço (1969-1971) e Zé das Mulheres, ainda na década de 70, O Bem Amado (1973), A Festa É Nossa (1983), A Praça é Nossa (1987-) Zorra Total (1999-2015) e Zorra (2015-2020). Nos cinemas, teve uma carreira discreta. Estreou em 1963 com Terra Sem Deus e integrou os elencos de 007 1/2 no Carnaval (1966), A Espiã que Entrou em Fria (1967), O Barbeiro (2014), O Candidato Honesto 2 (2018) e No Gogó do Paulinho (2020).

José Santa Cruz deixa a esposa Ivane Maria Mendes Bastos, com quem foi casado por 72 anos e teve três filhos, Elaine Maria, Eliane Maria e Eduardo Luiz, todos já falecidos. Deixa ainda cinco netos e quatro bisnetos.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.