Liza Minnelli é um dos grandes nomes de Hollywood. Vencedora do Oscar de Melhor Atriz por Cabaret (1972), ela também já foi premiada pelo Globo de Ouro, Emmy, Bafta e Grammy. Nos últimos anos, no entanto, tem marcado presença nas manchetes dos jornais mais por suas apresentações musicais e pelas idas e vindas em clínicas de reabilitação por causa de drogas. Recentemente, no entanto, a estrela, atualmente com 73 anos, concedeu uma longa entrevista à revista norte-americana Variety e falou sobre todas as polêmicas de sua carreira. Quer dizer, quase tudo. Um assunto ela deixou bem claro que não tinha interesse em abordar: o recente longa Judy: Muito Além do Arco-Íris (2019), cinebiografia de sua mãe, Judy Garland, que recebeu duas indicações ao Oscar 2020 e é considerado o favorito ao prêmio de Melhor Atriz para o desempenho de Renee Zellweger como a protagonista.

Espero que ela tenha ao menos se divertido enquanto filmava”, foi o único comentário de Liza sobre a performance de Zellweger. Apesar de se recusar a seguir falando sobre o filme que aborda a vida da própria mãe – e no qual Liza Minnelli é também personagem, aparecendo em cena quando jovem e sendo interpretada por Gemma-Leah Devereux (The Tudors, 2010) – ela discorreu a respeito do seu relacionamento com Garland.

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Lembro de mamãe dizer: ‘Por favor, não fique chateada com o modo como os outros poderão tecer comparações entre nós duas, porque você também é uma artista’”. Sabe, isso nunca me preocupou, mas ela insistia, pois logo após dar um conselho como esse, abria um jornal e lia uma matéria que, de fato, comparava nós duas! “Como eles ousam escrever algo assim? Você é uma mulher por si só, não uma sombra minha. Desgraçados! Será que não percebem?”, dizia, jogando a publicação no lixo.

Liza Minnelli (à esquerda) e Renee Zellweger (à direita)

Ela era maravilhosa e superprotetora. Ela sempre tentou nos proteger de tudo que diziam a respeito da nossa família, só que nem sempre era possível”, conclui. Logo que a produção de Judy: Muito Além do Arco-Íris foi anunciada, Liza revelou que não tinha o menor interesse em assistir ao filme, e nem Zellweger, muito menos o diretor Rupert Goold ou qualquer um da equipe criativa do projeto chegou a entrar em contato com ela ou mesmo consultá-la sobre como sua mãe deveria ser retratada.

(Com informações da Variety e Queerty)

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.

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