Um dos maiores nomes de Hollywood. Assim pode ser descrito o astro Kirk Douglas, que morreu nesta quarta-feira, 05 de fevereiro, aos 103 anos de idade. Ele se encontrava em sua casa, em Beverly Hills, Califórnia, nos Estados Unidos. Ele deixa como viúva Anne Buydens (estavam casados desde 1954), quatro filhos – entre eles, o ator Michael Douglas – e sete netos.
Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Kirk teve seu nome nos créditos de quase 100 produções para o cinema e na televisão. Estreou na tela grande ao lado de Barbara Stanwyck no noir O Tempo Não Apaga (1946), longa que concorreu ao Oscar de melhor roteiro original. Ele próprio, no entanto, só seria indicado ao maior prêmio do cinema hollywoodiano alguns anos depois, como protagonista de O Invencível (1949). Concorreu em mais duas ocasiões – por Assim Estava Escrito (1952) e por Sede de Viver (1956) – mas a estatueta só foi parar em suas mãos após algumas décadas, quando recebeu o troféu honorário pelo conjunto de sua carreira em 1996.
Três vezes indicado ao Globo de Ouro, ganhou por Sede de Viver e também o Prêmio Cecil B. DeMille, esse em 1969. Concorreu ainda três vezes ao Emmy e uma vez ao Bafta, além de ter sido homenageado no César, na França, na Berlinale, na Alemanha, e no National Board of Review e no Screen Actors Guild Awards, nos EUA, entre outros.
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Também diretor bissexto – realizou os faroestes As Aventuras de um Velhaco (1973) e Ambição Acima da Lei (1975) – atuou também em sucessos como A Montanha dos Sete Abutres (1951), de Billy Wilder, Spartacus (1960), de Stanley Kubrick, e A Fúria (1978), de Brian De Palma. Seu último trabalho de destaque nos cinemas foi na comédia Acontece Nas Melhores Famílias (2003), na qual apareceu ao lado do filho Michael Douglas, do neto Cameron Douglas e da ex-esposa Diana Douglas (mãe de Michael).
Kirk Douglas vinha passando por problemas de saúde desde 1996, quando sofreu um acidente vascular cerebral. Isso o levou a demostrar dificuldades na fala, o que o motivou a se aposentar ainda no começo dos anos 2000. No comunicado da morte do pai, Michael Douglas comentou “para o mundo, ele era uma lenda, um ator da idade de ouro dos filmes que viveu no auge de sua vida, um humanitário cujo compromisso com a justiça e as causas em que acreditava estabeleceram um padrão que todos nós temos que buscar”. Filho de imigrantes russos analfabetos, foi batizado como Issur Danielovitch. Posteriormente, adotou o pseudônimo de Izzy Demsky, até escolher o definitivo Kirk Douglas. No filme Trumbo: Lista Negra (2015), o ator Dean O’Gorman o interpretou em cena, justamente em um momento da vida do astro que revela sua luta contra as injustiças do macarthismo em Hollywood.
(Com informações da EW.com, G1 e IMDb)