20171229 ridley scott papo de cinema

O cineasta Ridley Scott está começando a trabalhar num projeto para lá de ambicioso. Kitbag se trata da cinebiografia de Napoleão Bonaparte, uma das mais controversas figuras da História. E, podemos ficar tranquilos quanto ao intérprete do líder político e militar, pois ele será interpretado por Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar de Melhor Ator por Coringa (2019). Vale lembrar que os dois (ator e cineasta) já trabalharam juntos, em Gladiador (2000). A logline (condensação do filme em apenas uma frase) diz o seguinte: “escalada rápida e implacável de Napoleão ao posto de imperador, vista através do prisma de sua relação viciante e muitas vezes volátil com a esposa e, adiante, com seu amor verdadeiro, Josephine”. O projeto será financiado e distribuído pela Apple. De acordo com vários veículos de imprensa estadunidense, as filmagens não devem acontecer antes de 2022.

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“Napoleão é um sujeito que sempre me fascinou. Ele veio do meio do nada para reinar e, no meio disso, travou uma guerra romântica com sua mulher adúltera, Josefina. Ele conquistou o mundo para conquistar de volta seu amor. Num processo que levou à sua destruição, ele pilhou visando destruí-la”., disse Scott ao site norte-americano Deadline. Sobre a escalação de seu protagonista, o experiente cineasta foi enfático: “Nenhum ator da atualidade poderia personificar Napoleão como Joaquin. Ele criou um dos imperadores mais complexos do mundo em Gladiador e, tenho certeza, vai criar outro com seu Napoleão. Temos um roteiro brilhante escrito por David Scarpa e hoje não há parceiro melhor para contar essa história, visando uma audiência global, do que a Apple”. Napoleão é uma figura retratada várias vezes pelo cinema e centro de alguns planos frustrados, como os de Stanley Kubrick, que fez longa pesquisa (que acabou se transformando em livro) para uma superprodução que nunca viu a luz do dia.

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Phoenix em “Gladiador”
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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