La Isla Minima é o grande vencedor do Goya 2015, o prêmio máximo do cinema espanhol

O drama La Isla Mínima (2014), de Alberto Rodríguez, foi o grande vencedor deste ano do Goya, o prêmio máximo do cinema espanhol, realizada no último dia 7 de fevereiro. O longa, que havia recebido dezesseis indicações, ganhou dez estatuetas, entre elas as de Melhor Filme, Direção, Montagem e Roteiro Original. O protagonista Javier Gutiérrez foi escolhido como Melhor Ator, vencendo uma disputa acirrada que incluía até seu colega de elenco, Raúl Arévalo.

Cinco filmes disputaram a categoria principal. Além de La Isla Mínima, os outros concorrentes eram El Niño (2014), de Daniel Monzón, Loreak (2014), de Jon Garaño e Jose Mari Goenaga, Magical Girl (2014), de Carlos Vermut, e o único já exibido no Brasil, Relatos Selvagens (2014), de Damián Szifrón.

El Niño era o campeão de indicações neste ano, com 17 ao total, e ganhou em quatro categorias: Som, Efeitos Especiais, Direção de Produção e Canção Original. Magical Girl, que disputava seis categorias, ganhou como Melhor Atriz, para Bárbara Lennie (ela concorria também como Coadjuvante por El Niño). Loreak teve apenas duas indicações – sem vitórias – enquanto que a maior surpresa foi o descaso recebido por Relatos Selvagens – que disputou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na última semana. Este longa foi o grande vencedor do prêmio da Academia Argentina de Cinema, com dez vitórias, inclusive Melhor Filme, Direção, Ator (Oscar Martínez), Atriz (Erica Rivas) e Roteiro Original. Na Espanha, no entanto, a recepção não foi a mesma: concorrendo em nove categorias, ganhou apenas como Melhor Longa Iberoamericano (categoria em que o brasileiro Tatuagem havia sido pré-selecionado, mas acabou ficando de fora), e superando o uruguaio Sr. Kaplan, o venezuelano La Distancia Más Larga, e o cubano Conducta.

Outros destaques do Goya foram o desenho animado Mortadelo y Filemón contra Jimmy el Cachondo (2014), premiado como Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Longa de Animação, e a comédia Ocho Apellidos Vascos (2014), escolhida como Melhor Ator Coadjuvante (Karra Elejalde), Atriz Coadjuvante (Carmen Machi) e Ator Revelação (Dani Rovira). O melhor filme europeu foi o polonês Ida (2014) – também vencedor do Oscar – batendo a coprodução Brasil/França O Sal da Terra (indicada ao Oscar como Melhor Documentário em Longa-Metragem). E o melhor longa documentário foi Paco de Lucía: La Búsqueda (2014), de Curro Sánchez. Já exibido no Brasil, o thriller Perseguição Virtual (2014), falado em inglês e estrelado por Elijah Wood, concorreu como Melhores Efeitos Visuais, enquanto que Automata (2014), estrelado por Antonio Banderas – homenageado neste ano pelo conjunto de sua carreira com o Goya de Honra – e também à disposição no Brasil em home vídeo, concorreu em quatro categorias (Fotografia, Direção de Arte, Figurino e Som), porém sem vitórias.

Confira abaixo a lista completa de vencedores deste ano:

Filme: La Isla Mínima
Direção: Alberto Rodríguez, por La Isla Mínima
Direção Estreante: Carlos Marques-Marcet, por 10.000 Km
Roteiro Original: Rafael Cobos e Alberto Rodríguez, por La Isla Mínima
Roteiro Adaptado: Javier Fesser, Cristóbal Ruiz e Claro Garcia, por Mortadelo y Filemón contra Jimmy el Cachondo
Música Original: Julio de la Rosa, por La Isla Mínima
Canção Original: “Niño sin miedo”, de El Niño
Ator: Javier Gutiérrez, por La Isla Mínima
Atriz: Barbara Lennie, por Magical Girl
Ator Coadjuvante: Karra Elejalde, por Ocho Apellidos Vascos
Atriz Coadjuvante: Carmen Machi, por Ocho Apellidos Vascos
Revelação Masculina: Dani Rovira, por Ocho Apellidos Vascos
Revelação Feminina: Nerea Barros, por La Isla Mínima
Direção de Produção: Edmon Roch e Toni Novella, por El Niño
Fotografia: Álex Catalán, por La Isla Mínima
Montagem: José M. G. Moano, por La Isla Mínima
Direção de Arte: Pepe Domínguez, por La Isla Mínima
Figurino: Fernando García, por La Isla Mínima
Maquiagem e Cabelos: Pedro Rodríguez ‘Pedratti’, José Quetglas e Carmen Veinat, por Musarañas
Som: Sergio Bürmann, Marc Orts e Oriol Tarragó, por El Niño
Efeitos Especiais: Raúl Romanillos e Guillermo Orbe, por El Niño
Longa de Animação: Mortadelo Y Filemón contra Jimmy el Cachondo
Longa Documentário: Paco de Lucía: La Búsqueda
Longa Iberoamericano: Relatos Selvagens, de Damián Szifron
Longa Europeu: Ida, de Pawel Pawlikowsky
Curta de Ficção: Café para Llevar, de Patricia Font
Curta de Animação: Juan y la Nube, de Giovanni Maccelli
Curta Documentário: Si Estas Paredes Hablasen, de Miguel López Beraza

(Fonte: Premios Goya)