Em meio à crise, uma boa notícia para os projetos que já tinham sido iniciados, ou aprovados, em parceria com a Spcine: Laís Bodanzky, diretora da instituição e cineasta, garante que nenhum filme ou série será prejudicado pela pandemia de Covid-19. Em entrevista à Folha de São Paulo, garante: “Ninguém vai ficar na mão. Todos os patrocínios seguem”.
Ela promete reorganizar os patrocínios de modo a contemplar prioritariamente os artistas mais prejudicados pelo isolamento social, e elogia as parcerias entre setores públicos e privados no financiamento de filmes. A ideia, segundo Bodanzky, é estruturar a Spcine como uma espécie de fundo de efeito duradouro. Vale lembrar que a capital paulista atrai cerca de mil filmagens anuais, e pode arcar com até 30% dos custos de uma produção para atrair investimentos na economia e cultura locais.
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Ao mesmo tempo, a diretora de Como Nossos Pais (2017), As Melhores Coisas do Mundo (2010) e Bicho de Sete Cabeças (2000) critica os atrasos no repasse do Fundo Setorial do Audiovisual pela gestão Bolsonaro, visto que o financiamento desempenha um papel essencial à produção cinematográfica nacional. Ela promete que, da parte da classe artística, existe um desejo de diálogo, infelizmente não correspondido pelos representantes do governo:
“O audiovisual sempre está disposto a conversar com quem estiver no poder. Toda vez que ocorrem trocas no governo, o setor vai lá e faz tudo o que tem que fazer, dialoga, explica tudo outra vez, sem preguiça. Só que aí, já se vai um ano e meio. Mais do que fazer isso, só com um voto para a gente escolher de novo os nossos representantes”. Bodanzky afirma ver “boas intenções” na gestão de Regina Duarte à frente da pasta da Cultura, embora critique o atraso na tomada de decisões durante a crise.
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