Exibido na última sexta-feira, 25, no Festival de Sundance, Leaving Neverland vem causando um grande burburinho, inclusive midiático. Isso porque o documentário que renova as acusações de abuso de menores contra o cantor Michael Jackson foi considerado pelos familiares do Rei do Pop como “linchamento público de um alvo fácil”. Mais de um deles expressou fúria contra o filme que tem cerca de quatro horas de duração. A produção original HBO deve estrear mundialmente até o fim de 2019. Os herdeiros do astro divulgaram uma nota de repúdio contra Leaving Neverland.
LEIA MAIS
Cineasta Rajkumar Hirani é acusado de assédio sexual
Ator argentino-brasileiro Juan Darthés é acusado de estupro
Ator João Gabriel Vasconcellos é acusado de agredir sua esposa
“Não podemos ficar parados enquanto esse linchamento público continua e os abutres do Twitter e outros que nunca o conheceram vão atrás dele. Michael não está aqui para se defender, senão essas alegações não teriam sido feitas. As pessoas sempre gostaram de perseguir Michael. Ele era um alvo fácil, pois era único. Mas Michael foi sujeito a uma investigação aprofundada que incluiu uma incursão surpresa à Neverland e outras propriedades com o júri considerando Michael completamente inocente. Nunca houve prova de algo. Mesmo assim, a mídia ama acreditar nessas mentiras”, consta na declaração.
Leaving Neverland inclui os depoimentos de Wade Robson e James Safechuck, ambos atualmente com cerca de 30 anos, que acusam Jackson de tê-los abusado sexualmente aos 7 e 10 anos, respectivamente. O diretor Dan Reed saiu em defesa de seu filme: “Se existe algo que aprendemos durante esse tempo em nossa história é que o abuso sexual é complicado e as vozes dos sobreviventes devem ser ouvidas”, disse em comunicado.
Michael Jackson enfrentou acusações de abuso infantil em vida. Apesar de absolvido em 2005, o astro pagou 15 milhões de dólares em 1994 num acordo judicial relacionado a outra criança.