Lena Dunham cogita sequência de Girls, mas não convence HBO

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Bruno Carmelo

Neste período de nostalgia e investimento em marcas conhecidas, ao invés de projetos originais, nenhum filme ou série está completamente encerrado — os personagens sempre podem voltar numa sequência, reboot ou programa especial, por exemplo. Gilmore Girls, Breaking Bad, Dexter e Pretty Little Liars foram apenas algumas das séries que ganharam alguma forma de projeto derivado, além do recente And Just Like That, que resgata as protagonistas de Sex and the City.
Este último revival, produzido pela HBO, motivou a atriz, diretora e roteirista Lena Dunham a cogitar uma sequência de Girls, série de sua autoria que teve seis temporadas entre os anos 2012 e 2017. Em entrevista durante o Festival de Sundance, ela afirmou, em referência a Sex and the City: “Foi um prazer enorme ver aquelas mulheres de volta, e descobri-las se confrontando à sexualidade na meia-idade. Para mim, estas mulheres não podem fazer nada errado”. Para a artista, a ideia de reencontrar o quarteto de Girls em outro momento da vida das personagens soa tentadora.
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Lena Dunham

No entanto, os representantes da HBO foram rápidos em rejeitar a proposta de uma continuação: “Por mais que tenhamos muito orgulho do programa, não existe nenhuma intenção de trazer Girls de volta. É ótimo saber que os novos espectadores continuarão a descobrir as séries originais”, respondeu categoricamente Casey Bloys. De fato, embora o projeto tenha um grupo cativo de fãs, o término da série dividiu opiniões tanto no público quanto na imprensa.
Dunham ponderou, após esta resposta: “Todos nós reconhecemos que ainda não está na hora. Quero que chegue o momento onde a vida das personagens terá realmente mudado. Agora, todo mundo só gostaria de ver o Kylo Ren, concluiu, em referência ao papel de Adam Driver na saga Star Wars. O ator tinha um dos papéis masculinos centrais na trama. Dunham está em Sundance apresentando Sharp Stick (2022), seu novo longa-metragem como diretora.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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