20200614

Não é todo dia que uma saga como Matrix ganha um novo capítulo. Por isso mesmo o anúncio da produção de uma sequência das aventuras de Neo e companhia causou um alvoroço enorme em Hollywood. Diferentemente dos filmes lançados entre o fim dos anos 1990 e o começo dos 2000, não teremos a parceria entre as irmãs Lilly e Lana Wachowski como roteiristas/diretoras, sendo essa função desempenhada apenas por Lana. E então permaneceu a dúvida: por que Lilly não encarou a empreitada? Numa recente entrevista ao site norte-americano The Wrap, a realizadora disse que voltar à Matrix seria “bastante desagradável”. Ela comentou que a irmã teve a ideia para a sequência no breve intervalo entre a morte dos pais de ambas, mas que não se sentia com vontade de participar.

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“Há algo de bastante desagradável na ideia de voltar atrás e ser parte de algo que eu já tinha feito. Eu não queria ter passado pela minha transição, passado por essa reviravolta na minha vida, sofrer a perda da minha mãe e de meu pai, e no meio de tudo isso voltar atrás. Seria como transitar por velhos caminhos. Senti que isso seria emocionalmente insatisfatório. É como se eu tivesse de calçar velhos sapatos novamente e eu não queria fazer isso”. Ela ainda falou que tende a se sentir exausta quando lhe pedem sequências, pois está sempre em busca de fazer algo novo. Lilly terminou dizendo que as razões de Lana para seguir adiante com Matrix são particulares e que “talvez” colaboraria novamente com a irmã no futuro. Vale lembrar que recentemente foi confirmado que o filme em questão se chamará The Matrix Resurrections e que ele chegará aos cinemas em 22 de dezembro deste ano.

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Lilly Wachowski
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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