Foram anunciados os primeiros vencedores da Berlinale 2015, e entre os escolhidos dos júris independentes chama atenção do premiados com o Teddy Award, o mais importante reconhecimento ao cinema LGBT em todo o mundo. O Teddy é também o mais tradicional dos prêmios voltados à esta temática, tendo servido de inspiração para tantos outros ao redor do mundo, como a Queer Palm (Festival de Cannes) e o Prêmio Felix (Festival do Rio). Neste ano, o júri era formado por Gustavo Scofano, Nick Deocampo, Muffin Hix, Yvonne Behrens, Diego Trerotola, Shana Myara, Predrag Azdejkovic, Mascha Nehls e Bradley Fortuin. Os escolhidos em todas as categorias podem integrar qualquer mostra do Festival de Berlim (Competitiva, Panorama, Forum…). A única necessidade é abordar de alguma forma a questão homossexual. Entre os longas brasileiros exibidos em Berlim neste ano, dois disputavam o Teddy: Ausência, de Chico Teixeira, e Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon. Nenhum dos dois, no entanto, foi premiado. No ano passado, o nacional Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014), de Daniel Ribeiro, foi o escolhido como Melhor Filme de Ficção no Teddy Award.
O grande vencedor deste ano do Teddy Award foi o norte-americano Nasty Baby, dirigido e estrelado por Sebastian Silva, que aparece ao lado da atriz Kristen Wiig (foto acima). A trama é sobre ele e seu namorado e o desejo dos dois em terem um filho, que se torna possível quando uma amiga do casal concorda em ajudá-los na realização deste sonho. O melhor documentário foi El Hombre Nuevo, sobre um garoto de doze anos que se muda da Nicarágua para o Uruguai e, treze anos depois, tenta reconstruir sua identidade, agora como mulher. Outro reconhecimento ao cinema de temática LGBT que a Berlinale concede é aquele escolhido por um júri formado por leitores da revista gay & lésbica alemã Siegessäule, que escolheu o longa Zui Sheng Meng Si, de Taiwan, como melhor filme do festival. Este documentário trata sobre o dia a dia de dois irmãos – um gay e o outro heterossexual – e as dificuldades que ambos enfrentam para sobreviver e serem aceitos pela socidades.
Prêmio Teddy:
Melhor Filme de Ficção: Nasty Baby, de Sebástian Silva (EUA)
Melhor Filme Documentário: El Hombre Nuevo, de Aldo Garay (Uruguai/Chile)
Melhor Curta-metragem: San Cristóbal, de Omar Zúñiga Hidalgo (Chile)
Prêmio Especial do Júri: Stories of our Lives, de Jim Chuchu (Quênia)
Teddy Award Especial: Udo Kier
Prêmio Leitores da Revista Gay Siegessäule:
Melhor Filme (todas as mostras): Zui Sheng Meng Si, de Chang Tso-Chi (Taiwan)
(Fonte: Berlinale 2015)
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