Considerado um dos expoentes do chamado “cinema de invenção”, o cineasta carioca Luiz Rosemberg Filho morreu na madrugada deste domingo, 19, aos 76 anos, no Rio de Janeiro, em virtude de complicações de uma cirurgia recente. Há algum tempo ele havia anunciado que tinha câncer. Reconhecido por obras como Jardim das Espumas (1971), A$suntina das Amérikas (1976) e Crônicas de um Industrial (1978), era tido como um artista iconoclasta e combativo, à margem da produção massificada e de claras intenções comerciais. Os filmes refletiram sua indignação com a sociedade brasileira, especialmente com o capitalismo responsável por nela ampliar os abismos sociais. O amigo e produtor dos últimos trabalhos, Cavi Borges, falou ao jornal O Globo sobre a morte de Rosemberg:
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“Ele era um cara único no cinema brasileiro, os seus filmes eram muito diferentes de tudo que se vê. Sempre um cinema muito crítico em relação à sociedade, ao nosso Brasil, ao capitalismo, à TV. Talvez a principal característica dele como realizador e como pessoa fosse a liberdade. Seus filmes eram muito livres, tudo podia”, conta Cavi, figura essencial para resgatar o cineasta praticamente do ostracismo na última década. Depois de lançar O Santo e a Vedete (1982), voltou a filmar no fim dos anos 90, experimentando a linguagem audiovisual em vídeos curtos. Em 2014, com Dois Casamentos, voltou à seara do longa-metragem mesclando cinema e teatro.
Seu mais recente filme, Os Príncipes (2018), segue inédito no circuito comercial, tendo sido exibido apenas no Cine PE 2018. Antes de ser internado numa clínica na zona sul do Rio de Janeiro, Rosemberg finalizou O Bobo da Corte, longa completamente inédito.
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