De acordo com informações divulgadas pelo site The Wrap no último sábado, a atriz Lynn Cohen faleceu na noite do dia 14 de fevereiro, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ela tinha 86 anos e a causa da morte não foi revelada. Atriz veterana da Broadway, contava com uma carreira de quase quarenta anos nos cinemas e na televisão norte-americana.
Lynn Harriette Kay nasceu em 10 de agosto de 1933 em Kansas City, Missouri, EUA. Foi casada duas vezes, a primeira com Gilbert Frazen, entre 1957 e 1963, com quem teve seu único filho, e depois com Ronald Cohen, desde 3 de junho de 1964, a quem deixou em viuvez. Com o nome artístico de Lynn Cohen, estreou na tela grande ao aparecer em uma ponta no drama Sequestro Sem Pista (1983). O primeiro papel de destaque viria apenas dez anos depois, na comédia Um Misterioso Assassinato em Manhattan (1993), de Woody Allen. O sucesso que a tornaria popular, no entanto, viria apenas ao entrar para o elenco da série de televisão Sex and the City (2000-2003) como a severa governanta Magda, que se tornaria uma confidente da advogada Miranda Hobbes (Cynthia Nixon). A personagem foi tão bem aceita que lhe garantiu participações em quatro temporadas do programa, além de estar presente também em Sex and the City: O Filme (2008) e em Sex and the City 2 (2010).
Conhecida também por participações de destaque nos palcos em musicais como Orpheus Descending, de Tennessee Williams, e Ivanov, marcou presença ainda em outros programas de televisão, como Nova Iorque Contra o Crime (1997), Damages (2009-2012) e Maravilhosa Sra. Maisel (2018), entre outros. Nos cinemas, outros personagens importantes foram a ex-primeira-ministra israelense Golda Meier no indicado ao Oscar Munique (2005), de Steven Spielberg, ou a campeã Mags no blockbuster Jogos Vorazes: Em Chamas (2013). Ao todo foram mais de 100 créditos, tendo como último trabalho o drama inédito The Riverside Bench, previsto para este ano.
“O afeto que recebi por parte dos fãs, tanto por Magda quanto por Mags, foi incrível, e da melhor maneira possível. Primeiro, Sex and the City foi interessante por ser tão sexy e aberto, natural. Mulheres com mais de noventa anos chegavam até mim e diziam ‘Você sabe, nunca disse a palavra ‘sexo’ na minha casa, mas agora, quando Sex and the City estiver passando, você pode ligar para o meu telefone que não irei atender’! Mais uma vez, era o poder das mulheres e a união delas fazendo a diferença. Amei fazer parte disso. E aceitei participar de Jogos Vorazes: Em Chamas por causa da minha neta. Muito tempo antes, talvez um ano, uma grande amiga me ligou e disse: ‘Acabei de ler esse livro chamado Em Chamas e você precisa interpretar a Mags’. Eu disse ‘okay, claro, vamos ver’. Mas não prestei muita atenção. Daí, meses se passaram, e estava passeando pela Toscana com a minha neta, que na época tinha 15 anos, quando percebi que ela estava lendo o último livro da série. Com lágrimas nos olhos, ela se virou para mim e disse: ‘vovó, você deveria interpretar a Mags’! Minha reação foi ‘querida, já ouvi isso antes, mas acredito que esse filme até já esteja em produção’. Ela não aceitou minha resposta, e lá da Itália, procurou por um telefone, fez umas ligações e ficou sabendo que ninguém havia sido escolhida para o papel. Não sei como ela conseguiu descobrir isso, mas foi o suficiente para eu ligar para o meu agente e ver o que ele conseguia. Foi tudo uma incrível surpresa!”, disse a atriz a respeito dos papéis mais marcantes de sua carreira.
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