20240325 m emmet walsh papo de cinema
25 mar

O ator norte-americano M. Emmet Walsh morreu na última terça-feira, 19, aos 88 anos, mas a informação foi tornada pública apenas posteriormente por seu empresário Sandy Joseph. O artista estava internado num hospital em St. Albans, no estado de Vermont, nos Estados Unidos, e não resistiu a uma parada cardíaca. “Em uma carreira notável de seis décadas no palco, no cinema e na televisão, ele se tornou amplamente reconhecido por suas interpretações de personagens memoráveis”, diz o comunicado. Com mais de 250 créditos no cinema e na televisão, M. Emmet Walsh construiu ao longo de décadas uma carreira muito sólida e celebrada. Na juventude, depois se se formar em administração de empresas e marketing pela Universidade de Clarkson em Potsdam, Nova Iorque, estudou na Academia de Artes Dramáticas. Seu primeiro trabalho audiovisual foi na série The Doctors (1963-1982), na qual interpretou Jason Randall.

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Depois de fazer uma pequena participação não creditada em Perdidos na Noite (1969), fez efetivamente a sua estreia no cinema com Deixem-nos Viver (1969), um dos marcos do cinema contracultural da Nova Hollywood, dirigido por Arthur Penn e baseado na canção “Alice’s Restaurant”, de Arlo Guthrie. Foi o primeiro passo para uma carreira longeva nas telonas, que contou ainda com participações em Fuga do Planeta dos Macacos (1971), Serpico (1973), Gente como a Gente (1980), Braddock: O Super Comando (1984), Arizona Nunca Mais (1987), Romeu + Julieta (1997), O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997) e Entre Facas e Segredos (2019). No entanto, seus dois grandes trabalhos na telona foram em Gosto de Sangue (1984), filme de estreia dos então novatos Joel e Ethan Coen, pelo qual venceu o Independent Spirit Awards de Melhor Ator, e Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982), marco do sci-fi cinematográfico.

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Em “Blade Runner”
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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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