Maggie Smith, considerada uma das damas do cinema, do teatro e da TV britânicos, morreu nesta sexta-feira, aos 89 anos. De acordo com a nota enviada pelos filhos à imprensa, “ela se foi pacificamente, no hospital, na manhã desta sexta-feira”. A nota não informou a causa da morte desse verdadeiro ícone que deixa as artes um pouco mais pobres com a sua partida.
“Maggie era uma pessoa de vida essencialmente privada e estava com amigos e família nos seus momentos finais. Ela deixa dois filhos e cinco netos que estão devastados pela perda. Queremos tomar essa oportunidade par agradecer aos funcionários maravilhosos do Hospital de Chelsea and Westminster por seu cuidado e gentileza durante os últimos dias ela. Agradecemos por todas as mensagens e apoio e pedimos que respeitem nossa privacidade”, conclui a nota assinada pelos filhos.
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MAGGIE SMITH: O COMEÇO DA CARREIRA
Nascida em 1934, Maggie Smith cresceu em Oxford, na Inglaterra, e começou a atuar no teatro Playhouse quando adolescente, fazendo posteriormente a sua estreia profissional na Broadway, nos Estados Unidos, com a peça New Faces of ’56. Enquanto se destacava em produções menores, ainda no Reino Unido, ela foi convidada por ninguém menos do que Laurence Olivier para se juntar à companhia do National Theatre em 1962. Com essa prestigiada trupe, ela interpretou diversos papeis, incluindo a Desdemona para a versão de Otelo na qual Olivier interpretou o mouro recorrendo à condenável prática do blackface.
Com mais de 70 peças em sua prolífica carreira teatral, Maggie Smith recebeu indicações ao Tony Award, considerado o Oscar do teatro norte-americano, por Private Lives (1975) e Night and Day (1979), antes de ganhar o prêmio em 1990 por Lettice and Lovage.
MAGGIE SMITH: O CINEMA
Maggie Smith teve seu primeiro contato com as câmeras em 1956 como figurante não creditada em Child in the House (1956). Mais tarde, ela recebeu a primeira de suas seis indicações ao Oscar ao voltar ao papel de Desdêmona em Othello (1965). Cinco anos mais tarde, fez o primeiro papel que a deixaria popular – além de lhe render o seu primeiro Oscar – o da protagonista de A Primavera de uma Solteirona (1969). Cerca de dez anos depois, ganhou a sua segunda estatueta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, desta vez como Coadjuvante em California Suite (1978).
Maggie Smith também foi indicada ao Oscar por Travels with My Aunt (1973), Uma Janela para o Amor (1986) e Assassinato em Gosford Park (2001). Ele participou ainda de produções cinematográficas aclamadas, tais como Assassinato por Morte (1976), Morte Sobre o Nilo (1978), Fúria de Titãs (1981), Hook: A Volta do Capitão Gancho (1991), Mudança de Hábito (1992), O Clube das Desquitadas (1996) e Chá com Mussolini, isso antes de aceitar os papeis que lhe deixaram ainda mais popular.
MAGGIE SMITH: HARRY POTTER E DOWNTON ABBEY
Maggie Smith foi escalada no começo dos anos 2000 para viver uma das personagens mais queridas de Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001), adaptação de um fenômenos literário que também seria um sucesso estrondoso no cinema, ao ponto de gerar diversas continuação igualmente lucrativas que formaram a saga Harry Potter. Maggie foi escolhida para ser a professora de transfiguração Minerva McGonagall, um dos pilares tradicionais da escola de magia de Hogwarts, aliada e mentora dos protagonistas contra o mal.
Reforçando a sua popularidade, Maggie Smith foi escalada em 2010 para viver uma das personagens principais do seriado Downton Abbey (2010-2015), que rendeu seis temporadas, filmes derivados e uma enxurrada de prêmios para o seu elenco – incluindo quatro Emmy e um Globo de Ouro para Maggie como Atriz Coadjuvante.“Eu vivia uma vida perfeitamente normal antes de Downton Abbey. Ia ao teatro, galerias de arte, coisas assim, sozinha. Agora já não posso mais”, lamentou a atriz em abril de 2017 no British Film Institute (BFI).
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