O mercado de cinema no Brasil deve fechar 2011 com mais um recorde histórico: aproximadamente 140 milhões de ingressos vendidos e uma renda acumulada de cerca de R$ 1,4 bilhão. A estimativa indica que o país segue no compasso de crescimento dos últimos anos. Em relação a 2010, o aumento de público ficará, com o fechamento de dezembro, em torno de 4%, e o de renda, por volta de 16%. Em valores brutos, este ano o mercado vendeu 5 milhões a mais de ingressos e arrecadou mais R$ 200 milhões que o anterior.
O crescimento de público aponta para um mercado aquecido, com fortes títulos estrangeiros e aumento do número de salas do circuito nacional. Já a renda em alta indica um aumento do preço médio do ingresso (de R$ 9,35 em 2010 para R$ 10 este ano), provocado pela maior oferta de títulos em 3D e pela expansão dos bilhetes premium de salas vip e IMAX.
Apesar dos números sólidos no panorama geral do mercado, o market share dos filmes nacionais sofreu queda de quatro pontos percentuais este ano (de 18% para 14%). O público e a arrecadação dos títulos brasileiros caíram, respectivamente, 30% e 25% em relação a 2010. Os dados evidenciam a ausência de um blockbuster nacional da dimensão de Tropa de Elite, com seus 11 milhões de espectadores, e Nosso Lar (4 milhões).
No entanto, pode-se considerar este ano como o de consolidação da faixa acima do milhão de espectadores para o cinema nacional. Enquanto em 2010 cinco filmes ultrapassaram a marca – além de Tropa e Nosso lar, Chico Xavier (3 milhões), Muita calma nessa hora (1 milhão) e Xuxa e o mistério de Feiurinha (1 milhão) -, em 2011 sete títulos cruzaram esse limite: De Pernas Pro Ar (3,5 milhões), Cilada.com (3 milhões), Bruna Surfistinha (2 milhões), Assalto ao Banco Central (2 milhões), O Palhaço (1 milhão), O Homem do Futuro (1 milhão) e Qualquer Gato Vira-lata (1 milhão). Destes, cinco eram comédias.
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