O filme brasileiro Malu, longa de estreia do cineasta Pedro Freire, já está em cartaz no circuito nacional. No entanto, sua trajetória em festivais de cinema ainda continua dando o que falar. Isso porque a produção acaba de receber dois prêmios no Festival do Cairo. Na última sexta-feira, 22, no Egito, a aposta foi condecorada como Melhor Primeiro/Segundo Longa e Atriz para Yara de Novaes. Freire e Tatiana Leite (produtora) estavam presentes na premiação, que tinha Danis Tanovic como presidente do Júri.
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Em nota divulgada à imprensa, Pedro Freire alegou estar “profundamente emocionado” de ganhar tais prêmios no “festival mais importante do mundo árabe, na cidade do Cairo, um dos lugares mais maravilhosos e impressionantes em que eu já estive”. “O reconhecimento do júri, com gente tão especial como, Tanovic e Angela Molina, me deixa comovido, mas o mais bonito foi ver a reação da plateia. Pessoas tão distantes do Brasil, se emocionando, e vindo conversar com a gente sobre as histórias de suas mães e suas filhas, o que me deixa com a certeza de que Malu é um filme universal”, completou Freire.
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Vale lembrar que Malu estreou mundialmente no Festival de Sundance 2024, integrando a seção World Cinema/Dramatic. No meses seguintes, passou por eventos em cidades como Hong Kong, San Diego, Nova York e Melbourne. No Brasil, o filme foi premiado com o Troféu Paradiso na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2024 e agraciado com as categorias de Melhor Filme, Roteiro, Atriz (Yara de Novaes) e Atriz Coadjuvante (Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha) na Mostra Première Brasil do Festival do Rio 2024.
Inspirado na vida da atriz paulista Malu Rocha, mãe do diretor Pedro Freire, o enredo segue uma mulher de meia idade com um passado glorioso e que se vê presa em um caos existencial. A complexa relação com sua mãe conservadora e sua filha adulta torna a crise ainda mais aguda, em meio a momentos de carinho e alegria entre as três. Um retrato de uma mulher em busca da melhor versão de si mesma.
Em crítica publicada no Papo de Cinema, nosso editor Marcelo Müller destacou Malu como “um filme bonito sobre ilusões perdidas, impossibilidades humanas e sentimentos represados que, muitas vezes, são externados tortuosamente para forjar escudos”. Leia o texto completo clicando aqui.
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