Desde que teve sua première mundial no Festival de Berlim de 2018, Marighella (2018) vem sendo alvo de uma campanha de difamação virtual – além da série de entraves governamentais para seu lançamento comercial, mas isso é outro assunto. Agora que está finalmente próxima a sua estreia nas salas de cinema do Brasil, o longa-metragem dirigido por Wagner Moura é novamente vítima desse tipo de covardia motivada por discordâncias ideológicas que resultam numa sintomática disseminação de ódio. Pela segunda vez, o IMDb, site que congrega informações e notícias sobre o mundo do cinema, acusou um número atípico de avaliadores na ficha do filme. Para se ter uma ideia, apenas em um dia, 25, cerca de 46 mil pessoas deram suas cotações ao filme, sendo deste montante 73% negativas, o que deixa muito clara a existência de uma campanha organizada para desmoralizar o filme. Realmente está difícil viver no Brasil atual, não é mesmo?
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Essa onda reprisa a de 2019, exatamente quando o filme viu sua média no IMDb ser jogada lá embaixo por pessoas que sequer tinham assistido ao filme, mas já tinham uma opinião formada sobre ele – como isso é possível? Não sabemos. Marighella chega aos cinemas no dia 04 de novembro. O filme fala sobre Carlos Marighella, um dos principais nomes da resistência armada à Ditadura Civil-Militar. Sua trajetória é apresentada num filme de ação, em que esse revolucionário é visto na liderança de um grupo de homens e mulheres bem mais jovens que tinham como ideal a derrubada de um regime destrutivo que nos desgovernou por 21 anos. Nós conversamos com Wagner Moura sobre o filme – o link da entrevista está numa das notícias relacionadas acima.