O recente incêndio num dos depósitos da Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina, em São Paulo, provocou uma perda de dimensões ainda incertas – ainda que desde já se saiba que ela é incalculável do ponto de vista da fortuna imaterial do país. Na terça-feira, 03, o Secretário adjunto da Cultura, Helio Ferraz, havia afirmado que esperava o fim da perícia da Polícia Federal para saber o que fazer com o material que felizmente não foi consumido pelas chamas. No entanto, a Secretaria Especial da Cultura foi repetidamente alertada por pessoas ligadas à Sociedade Amigos da Cinemateca de que os materiais – molhados pelos bombeiros durante a ação de apagamento do incêndio – não resistiriam sem cuidados. Nesta quinta-feira, 05, começou então a remoção do material restante para sede instituição, na Vila Mariana, Zona Sul, que, diga-se de passagem, também está em estado de abandono.
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De acordo com uma matéria publicada no site G1, a transferência foi decidida pelo governo federal, o responsável pela gestão da Cinemateca Brasileira desde que o contrato com a Fundação Roquette Pinto não foi renovado para esse fim. A equipe designada conta com membros do Centro Técnico Audiovisual (CTAV) e coordenadores da Cinemateca Brasileira. Segundo uma funcionária que não quis se identificar à reportagem do G1, documentos e rolos de filmes serão avaliados para não contaminarem o material que já está lá. Vale reiterar: as condições da sede principal não são ideais, inclusive há o temor de que uma nova tragédia aconteça, agora apenas em outro endereço.
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