20191120 star trek papo de cinema
29 ago

O sucesso da série WandaVision (2022-) tornou o cineasta Matt Shakman uma figurinha disputada no mundo de Hollywood. E ele tanto estava na “crista da onda” que foi escalado para a missão de levar às telonas o quarto filme da nova fase da saga Star Trek. A futura produção de Jornada nas Estrelas era (será que continua sendo?) prioridade dentro da Paramount Pictures, tanto que já tinha até data marcada para a estreia: 22 de dezembro de 2023. Portanto, provavelmente os trabalhos estavam prestes a começar quando o comandante pulou fora do barco. O estúdio soltou um comunicado à imprensa, daquele tipo “agradecemos fulano por não ter feito nada e seguimos o baile atendendo aos nossos clientes espectadores”. E a busca por um novo nome deve ter começado a todo o vapor, mas por enquanto nenhum nome discutido internamente “vazou” para a gente especular.

“Matt Shakman é um cineasta incrivelmente talentoso. Lamentamos que o momento não tenha sido adequado para ele dirigir nosso próximo filme de Star Trek. Somos gratos por suas muitas contribuições, estamos empolgados com a visão criativa desse próximo capítulo e ansiosos para trazê-lo para o público em todo o mundo”

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Mas, por que um nome em ascensão como Matt Shakman deixaria o comando de uma superprodução dessas? Seduzido pela oferta para dirigir outra superprodução, evidentemente. A Marvel ofereceu ao realizador a possibilidade de comandar a sua primeira versão de o Quarteto Fantástico – e como essa produção também deve ser prioridade dentro da Marvel, Matt Shakman não poderia estar atrelado a um grande projeto imediatamente. Portanto, a dança das cadeiras de Hollywood ainda está sendo mais definida pelos projetos gigantes com vocação para blockbuster. E você, acredita que Matt Shakman fez uma boa troca?

20220829 matt shakman papo de cinema

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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