Em março de 2022 noticiamos um plano ambicioso da Apple TV+: transformar em série de TV o clássico Metrópolis (1927), um dos expoentes da vanguarda que ficou amplamente conhecida como Expressionismo Alemão. Muita gente virou a cara, outros tantos se empolgaram com as possibilidades de expandir o universo levado por Fritz Lang às telonas. Mas, para o bem ou para o mal, a coisa não vai mais acontecer. De acordo com a imprensa estadunidense, minissérie prevista para ter oito episódios e orçada quase US$ 200 milhões foi arquivada por contas de incertezas e atrasos ocasionados pela greve dos roteiristas dos Estados Unidos. Além disso, os rascunhos dos roteiros não haviam sido concluídos antes do início da greve, em maio deste ano, quando o Writers Guild of America (Sindicato dos Roteiristas dos EUA) mobilizou a categoria a cruzar os braços em meio às negociações com a classe patronal.
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A minissérie Metrópolis estava em pré-produção em Melbourne, na Austrália. Ela seria comandada por Sam Esmail, o criador da Mr. Robot (2015-2019) – série indicada a 14 Emmys ao longo de suas quatro temporadas. Ele acumularia as funções de roteirista, diretor, produtor executivo e showrunner. Briana Middleton e Lindy Booth já tinham sido escaladas aos papeis principais. “Os custos e a incerteza relacionada à greve (dos roteiristas norte-americanos) em andamento levaram a essa difícil decisão”, anunciou a Universal Studio Group da NBCUniversal, co-produtora do projeto, em um comunicado enviado à imprensa.
Em Metrópolis (1927) temos uma cidade dividida brutalmente: na superfície, os abastados desfrutam de uma vida luxuosa; já no subterrâneo, uma massa trabalha em máquinas perigosas para garantir o funcionamento da metrópole. O filho do homem mais poderoso do lugar tem um despertar ao conhecer a jovem operária Maria.