A quinta-feira, 4, traz mais uma boa notícia para o cinema brasileiro. Um dia após Casa de Antiguidades (2020), de João Paulo Miranda Maria, ser selecionado no Festival de Cannes, o drama Meu Nome É Bagdá (2020), de Caru Alves de Souza, representa o Brasil no Festival Films de Dones, dedicado exclusivamente a obras dirigidas por mulheres.
O evento sediado em Barcelona propõe uma edição excepcionalmente online, devido à pandemia de Covid-19. O filme nacional concorre com quinze produções de países como Alemanha, Espanha, Bélgica, França e Estados Unidos. Assim, segue uma carreira internacional de destaque após conquistar o prêmio do júri internacional na Mostra Geração do último Festival de Berlim.
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Meu Nome É Bagdá apresenta a história de uma skatista que passa os dias pelas ruas de São Paulo, entre os amigos homens. Ela luta por reconhecimento enquanto sofre preconceitos e assédio. A situação muda quando Bagdá (Grace Orsato) conhece outras garotas skatistas. Karina Buhr, Gilda Nomacce e Paulette Pink também compõem o elenco.
No último festival de Berlim, o Papo de Cinema conversou com a cineasta sobre o projeto. Ela afirma: “Muitos diálogos e interações foram improvisados. Nós nunca dizíamos exatamente como os atores precisavam se movimentar. Estamos fazendo um filme sobre pessoas que não se curvam aos padrões da sociedade. Tanto o elenco quanto a equipe estão repletos de mulheres, de pessoas negras, de mulheres trans, de homens gays. Nós sabemos bem como a sociedade sempre diz o que temos que fazer, como precisamos nos comportar e o que precisamos vestir. Eu não queria reproduzir isso no filme, então não fazia sentido dizer o que eles tinham que fazer”.
Leia a nossa crítica.
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