Dentro de dois anos, nenhuma vacina é encontrada para a pandemia. As pessoas ainda vivem com medo, usando máscaras, isoladas umas das outras. Os pobres são afetados de maneira muito mais brutal do que os ricos. Felizmente, esta não é uma previsão para a nossa realidade, e sim a premissa de Songbird, suspense produzido por Michael Bay e dirigido por Adam Mason, um especialista em filmes de terror.
As filmagens começaram em 6 de julho, para aproveitar os protocolos reais de distanciamento, o uso de máscaras e as ruas vazias nos locais onde a quarentena é mantida. No entanto, a produção foi proibida por uma ordem do SAG-AFTRA, o Sindicato de Atores e Trabalhadores de Rádio, Televisão e Cinema. A organização alega que “os produtores não foram transparentes sobre os protocolos de segurança”, expondo a equipe a riscos de contaminação.
LEIA MAIS
Filme de terror com Mickey Rourke continuou filmagens durante pandemia de coronavírus
Reino Unido retoma filmagens de blockbusters sem protocolo de quarentena
Redes de cinema vão à justiça nos Estados Unidos pelo direito de reabrir salas
Poucos dias depois, no entanto, Bay conseguiu reverter a ordem e aproveitou para alfinetar os sindicalistas: “Nós acertamos as questões de segurança meses atrás, e resolvemos as questões com o sindicato durante o fim de semana. Eu nem acho que foi questão de segurança, e sim de dinheiro”, declarou, sugerindo que os profissionais buscavam salários maiores em compensação pelos riscos. “Mas vamos literalmente ser a primeira equipe de filmagem em Los Angeles. Temos algo especial, porque vamos fazer isso sem nenhum contato”.
De fato, Songbird pretende fazer com que os atores filmem a si mesmos, com a mínima equipe possível, o que é “contemporâneo e ao mesmo tempo assustador”, segundo os criadores. Demi Moore, Craig Robinson e Peter Stormare têm os papéis principais do projeto comercializado no Mercado Virtual do Festival de Cannes 2020.
