Michel Blanc, ator e diretor francês, morreu neste domingo, 04, aos 72 anos, num hospital em Paris, em decorrência do ataque cardíaco sofrido na noite anterior. O presidente francês Emmanuel Macron prestou homenagem ao artista em suas contas oficiais das redes sociais: “Michel nos fez chorar de rir e nos levou às lágrimas. Monumento do cinema francês, Michel Blanc se foi. Nossos pensamentos estão com seus entes queridos e seus colegas de atuação”.
Michel Blanc começou a sua carreira no teatro, mas o interesse inicial era a música clássica. Na década de 1970, ele foi um dos fundadores da Le Splendid, ao lado de Christian Clavier, Gérard Jugnot e Thierry Lhermitte, trupe que rapidamente se tornaria referência quando o assunto é comédia francesa.
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MICHEL BLANC E O CINEMA
Michel Blanc teve seu primeiro papel no cinema em Les filles de Malemort (1974). Participou dos elencos de A Melhor Maneira de Andar (1976), de Claude Miller, e O Inquilino (1976), de Roman Polanski. No entanto, seu primeiro grande destaque foi em Les Bronzés (1978), de Patrice Leconte, comédia popular em que turistas chegam a uma colônia de férias aprontando muitas confusões. Ele reprisou esse papel icônico nas sequências lançadas em 1976 e 2006.
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Michel Blanc foi oito vezes indicado ao César, o Oscar do cinema francês. Venceu apenas na última vez, em 2012, quando levou para casa o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por O Exercício do Poder (2011). Em 2021, a trupe Splendid, da qual foi cofundador, recebeu o César honorário.
Michel Blanc também foi premiado no Festival de Cannes. No prestigiado evento francês, ganhou o prêmio de Melhor Ator por Meu Marido de Batom (1986) e garantiu a estatueta de Melhor Roteiro por Estressadíssimo (1994), filme que ele também dirigiu e pelo qual concorreu à Palma de Ouro. São outros destaques de sua filmografia: O Papai Noel é um Picareta (1982), Um Homem Meio Esquisito (1989), As Testemunhas (2007) e A 100 Passos de um Sonho (2014).
Michel Blanc também foi lembrado com palavras carinhosas pela ministra da Cultura francesa, Rachida Dati. “Nesta manhã a tristeza é imensa, tão grande quanto seu talento. Diante das câmeras de Bertrand Blier, Robert Altman ou Pierre Schoeller, Michel Blanc nos surpreendeu com a variedade de sua atuação, mas também com seus talentos como diretor. O cinema, o mundo da cultura e todos os franceses não o esquecerão”.
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