Morreu neste sábado, 26, aos 86 anos, o maestro e compositor francês Michel Legrand. Considerado um dos grandes artistas do século 20, ele gravou mais de 100 discos e teve cerca de 200 composições em longas-metragens de realizadores bastante distintos, tais como Clint Eastwood e Jean-Luc Godard, passando por Jacques Demy. Além de diversos outros reconhecimentos, Legrand ganhou três Oscar. O primeiro foi por The Windmills of Your Mind, canção-tema de O Caso de Thomas Crown, em 1968. O segundo foi por Houve Uma Vez no Verão, em 71, e o terceiro por Yentl, em 1983. Ao todo, recebeu 13 indicações ao prêmio máximo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, e 17 ao Grammy, com cinco vitórias.
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Michel Legrand começou a rascunhar suas primeiras composições aos seis anos de idade. Depois das aulas num conservatório, alcançou sucesso internacional com apenas 22 anos. Sua carreira, que não teve intervalos, atravessou múltiplas fases e estilos. Na seara cinematográfica, onde ampliou seu status como um dos grandes nomes contemporâneos da música, Legrand marcou época com as trilha sonoras de Os Guarda-Chuvas do Amor (1964) e Duas Garotas Românticas (1967), dois musicais dirigidos por Jacques Demy, abrindo caminho para uma relação prolífica e laureada com a sétima arte.
Ele costumava dizer que encarava a música como um segundo diálogo. Sobre o Brasil, certa vez afirmou, numa entrevista à TV Globo: “Adoro a música brasileira e conheço muita coisa. Conheço (Tom) Jobim há anos, Chico Buarque e muitos outros. Todos são extraordinários.”
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