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Morre a atriz Anna Karina, ícone da Nouvelle Vague

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Anna Karina, uma das atrizes mais importantes da Nouvelle Vague, faleceu neste domingo, dia 15, em decorrência de um câncer. Ela tinha 79 anos de idade.

Batizada Hanne Karin Blarke Bayer, a jovem dinamarquesa trabalhava como modelo e cantora em seu país antes de se mudar para a França, sozinha, em busca de novas oportunidades profissionais. Em Paris, é percebida por Coco Chanel numa cafeteria, que a renomeia Anna Karina e lhe oferece um contrato. Durante uma publicidade na televisão, chama a atenção de Jean-Luc Godard, que a convida para um teste em Acossado (1960). Mas ela precisaria ficar nua no filme, então recusa a proposta.

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Godard persiste com um segundo convite para atuar em Le Petit Soldat (1963), que ela aceita. O projeto é filmado em 1960, mas censurado durante anos. Karina se torna conhecida pelo público com outro filme do mesmo diretor, Uma Mulher É uma Mulher (1961), pelo qual vence o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim. A partir deste momento, passa a filmar com grandes cineastas como Agnès Varda (Cléo das 5 às 7, 1961), Chris Marker (Le Joli Mai, 1963), Jacques Rivette (A Religiosa, 1966) e Luchino Visconti (O Estrangeiro, 1966).

Além da carreira de atriz, Anna Karina obteve sucesso como cantora, participando de duetos populares com Serge Gainsbourg (“Sous le soleil exactement”) e com Philippe Katherine (“Une histoire d’amour”). Ela também dirigiu os longas-metragens Vivre Ensemble (1973), Last Song (1983) e Victoria (2008).

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