Faleceu nesta quinta-feira, 25 de junho, a diretora Suzana Amaral. Vítima de um AVC há um ano, ela estava com a saúde fragilizada desde então. Apesar da causa da morte não ter sido revelada, sua família garantiu que não foi devido à pandemia de COVID-19.
Ao longo de sua carreira, Suzana dirigiu apenas três longas: A Hora da Estrela (1985), Uma Vida em Segredo (2001) e Hotel Atlântico (2009), todos baseados em livros. Considerado um dos grandes filmes da história do Cinema brasileiro, A Hora da Estrela rendeu o Urso de Prata de melhor atriz à debutante Marcélia Cartaxo e ainda faturou 12 troféus Candango no Festival de Brasília.
Seus demais filmes também foram premiados, Uma Vida em Segredo no Cine Ceará e de novo no Festival de Brasília, enquanto que Hotel Atlântico no Festival do Rio. No Prêmio Guarani, ela foi duplamente indicada na categoria de roteiro adaptado, tendo sido premiada por seu filme derradeiro.
Curiosamente, há um certo mistério em torno da idade da diretora, que sempre despistou quando perguntada sobre o assunto. “Minha mãe deixa um legado em várias áreas, sobretudo no cinema. Suzana veio e trouxe para o cinema brasileiro uma nova linguagem, uma poética que era só dela, com muita influência do cinema alemão. Ela também deixa um legado na sua ética como professora, além de ter sido uma mãe maravilhosa”, afirmou sua filha Flávia, em depoimento dado à Folha de S. Paulo.
Descanse em paz, Suzana. O Cinema brasileiro agradece imensamente sua dedicação por todos estes anos.
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