Foi anunciado nesta quarta-feira, 3, o falecimento de Maria Alice Vergueiro, aos 85 anos. A atriz, diretora e pedagoga estava internada na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, com grave quadro de pneumonia. Ela enfrentava problemas de saúde há anos, que não a impediram, no entanto, de continuar presente nos palcos.
De fato, a artista é conhecida principalmente pela carreira teatral. Começou a atuar em 1962, e na mesma década integrou o famoso Teatro Oficina, participando do espetáculo O Rei da Vela (1967) sob direção de José Celso Martinez Corrêa. A partir deste momento, fundou o Teatro do Ornitorrinco e se tornou professora de teatro na ECA – Escola de Comunicação e Artes da USP. Seu último espetáculo, dirigido por ela mesma, foi As Três Irmãs (2008).
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Em paralelo, fez algumas aparições na televisão nas novelas Sassaricando (1987) e Brava Gente (2000). No cinema, teve principalmente papéis coadjuvantes em filmes como Romance (1988), Cronicamente Inviável (2000), Quanto Dura o Amor? (2009) e Jogo das Decapitações (2013). Em Górgona (2018), focado nos bastidores da peça teatral, Maria Alice Vergueiro ocupa um papel central. Ela também atuava como protagonista do premiado curta-metragem Rosinha (2016).
Ironicamente, a grande atriz do teatro se tornou popular com o público médio após o vídeo “Tapa na Pantera”, via YouTube, onde defende o uso da maconha. No entanto, no meio artístico, foi conhecida como uma atriz inovadora e destemida, com mais de cinquenta anos de carreira sobre os palcos, além de ser ferrenha defensora da integridade artística e da liberdade de criação.
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