Rivette, ao lado de François Truffaut e Jean-Luc Godard, foi um dos idealizadores da Nouvelle Vague, um dos mais importantes movimentos do cinema, e que defendia a realização autoral. Juntos ainda a nomes como Alain Resnais, Éric Rohmer e Claude Chabrol, os cineastas foram os autores por trás da Cahiers du Cinéma, uma publicação em que escreviam críticas cinematográficas e teses sobre novas formas de fazer cinema. A revista ganhou fama e peso conforme os filmes de seus redatores se difundiram, e hoje é o impresso sobre o tema mais respeitado do mundo.
A ideia do movimento, cujo manifesto foi divulgado através da Cahiers, veio depois que os roteiros de vários deles tiveram financiamento rejeitado, forçando o grupo a sair às ruas com uma câmera 16mm para filmar como podia. Com o sucesso dos primeiros empreendimentos, a Nouvelle Vague ganhou força e permitiu que florescessem outros projetos dentro de seus ideais.
Em particular, Rivette produziu obras importantes dessa fase, como Paris nos Pertence (1961) e A Religiosa (1966), sendo que esse último lhe rendeu a primeira participação no Festival de Cannes, no qual iria ser premiado algumas décadas mais tarde por A Bela Intrigante (1991). Outras premiações e indicações que colecionou incluem o Cesar e ainda os festivais de Berlim, Moscou e Veneza. O realizador não tinha filhos, mas deixa uma obra com mais de 30 títulos em 60 anos de carreira.
(Fonte: Redação Papo de Cinema)