20221013 angela lansbury papo de cinema
13 out

A atriz britânica Angela Lansbury morreu nesta terça-feira, 11, aos 96 anos, de causas naturais. “Os filhos da dama Angela Lansbury estão tristes por anunciar que sua mãe morreu pacificamente enquanto dormia em casa, em Los Angeles“, de acordo com um comunicado da família. Nascida em Londres, em 1925, ela está no rol das poucas personalidades que receberam uma indicação ao Oscar em seu primeiro trabalho nos cinemas. Ela foi nominada por À Meia Luz (1944), de George Cukor, no qual viveu a indefectível Nancy. Dois anos depois, foi novamente indicada na mesma categoria por O Retrato de Dorian Gray (1946), de Albert Lewin. Sua terceira indicação ao maior prêmio de Hollywood aconteceu anos depois, por Sob o Domínio do Mal (1962), de John Frankenheimer. Angela Lansbury foi agraciada com um Oscar honorário em 2013 em reconhecimento ao conjunto de uma obra que durou praticamente 75 anos.

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Angela Lansbury chegou à América nos anos 1940, quando sua família se mudou da Europa por conta dos temores da Segunda Guerra Mundial. O gosto pela arte surgiu desde cedo, afinal de contas ela era filha de Moyna Macgill, atriz que se apresentava nos palcos de Montreal, Canadá, cidade pela qual elas passaram num período de tempo. Logo depois, se estabeleceram em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Angela estreou na Broadway nos anos 1960 como protagonista do espetáculo Mame, que lhe rendeu o primeiro de seus cinco Tony (o Oscar do teatro norte-americano). Ela também recebeu um troféu especial pelo conjunto de sua carreira nos palcos. Já seu grande trabalho na TV foi na série Assassinato por Escrito (1984-1996), pela qual estabeleceu um recorde ao ser indicada 12 vezes seguidas ao Emmy (o Oscar da TV norte-americana). Nos anos 1990, ela explorou com sucesso o campo da animação, emprestado sua voz para a Madame Samovar, o bule de A Bela e a Fera (1991) – ela canta a clássica “Beauty and the beast”. A atriz também emprestou sua voz para a animação Anastasia (1997). Angela Lansbury estava afastada da atuação desde 2018.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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