Jeanne Moreau, uma lenda do cinema francês, morreu nesta segunda-feira, 31, aos 89 anos. O corpo da artista foi encontrado na casa dela, em Paris. As informações são da Agência France-Presse.
Filha de um barman francês e de uma bailarina britânica, ela teve formação de atriz clássica no Comédie-Française e, posteriormente, no Teatro Nacional Popular (TNP). Moreau atuou em mais de 100 filmes durante uma carreira de 65 anos. Foi estrela de produções de consagrados cineastas, como Michelangelo Antonioni, em A Noite (1961), François Truffaut, em Jules e Jim (1962), clássico da nouvelle vague, e Orson Welles, em O Processo (1962).
Ao longo de sua trajetória nas telonas, foi condecorada diversas vezes. Em 1967, venceu o BAFTA de Melhor Atriz Estrangeira por Viva Maria! (1965), filme no qual atua ao lado de outra diva da sétima arte: Brigitte Bardot. Do Festival de Veneza, recebeu o Troféu Honorário em 1992 por sua contribuição ao cinema. Já em 2000, foi agraciada com o Urso de Ouro Honorário do Festival de Berlim pelo Conjunto da Obra.
Já no renomado Festival de Cannes, foi premiada como Melhor Atriz por Duas Almas em Suplício (1960) e ganhou a Palma Honorária em 2003. Além disso, foi indicada três três vezes ao César (Oscar Francês), vencendo como Melhor Atriz por La Vieille qui Marchait Dans la Mer (1991). Ainda foi homenageada com dois Cesár Honorário, um em 1995 (Conjunto da Obra) e outro em 2008 (60 Anos de Cinema).
A atriz também teve passagem pelo Brasil ao estrelar Joanna Francesa (1973), de Cacá Diegues, no papel principal juntamente com o estilista Pierre Cardin. Na ocasião, sua voz foi dublada por Fernanda Montenegro. Jeanne também foi a primeira atriz não norte-americana a estampar a capa da revista TIME.
(Fonte: Redação PdC)