O cineasta brasileiro Carlos Reichenbach morreu na tarde de ontem, 14, em São Paulo. Carlão (como era conhecido por todos no meio do cinema) acabara de completar 67 anos exatamente no dia de sua morte. A informação foi divulgada em nota pela assessoria de imprensa do diretor, que não cita a causa do óbito. Reichenbach deixa um legado de filmes, textos e muitas ações como incentivador e divulgador do cinema e da cultura. O diretor também foi professor de cinema na ECA – USP durante muitos anos.
Carlão nasceu em Porto Alegre, mas foi São Paulo o cenário de suas principais obras. Foram 22 filmes assinados como diretor, 21 roteiros filmados e 38 películas em que dirigiu a fotografia. Seu último trabalho foi Falsa Loura, lançado em 2007. Entre seus principais filmes como diretor estão A Ilha dos Prazeres Proibidos (1979), Império do Desejo (1981), Filme Demência (1985), Anjos do Arrabalde (1987), Alma Corsária (1993) e Garotas do ABC (2003).
Premiado nos principais festivais do país, como Brasília e Gramado, Reichenbach teve sua obra reconhecida internacionalmente e chegou a ser tema de uma mostra com seus filmes no prestigioso Festival de Roterdã, na Holanda, nos anos 80. O mesmo festival holandês apresentou em sua última edição, realizada no início deste ano, uma cópia restaurada de Liliam M – Relatório Confidencial, de 1975, um dos principais filmes de Carlão.
Reichenbach era casado com Lygia Reichenbach e deixa três filhos e uma neta.
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