David Bowie, conhecido como camaleão por sua postura constantemente inovadora perante ao cenário da música pop, do qual fez parte e ajudou a moldar, faleceu nesse último domingo (10/1) depois de lutar por 18 meses contra um câncer. Ele estava em sua casa, em Nova Iorque, cercado de familiares e amigos. Quem confirmou a morte do artista foi o seu filho, o cineasta Duncan Jones. Bowie, além de músico e cantor, fez várias incursões no cinema como ator, e entre seus papéis mais importantes estão o do alienígena Thomas em O Homem Que Caiu na Terra (1976), o do vilão Jareth em Labirinto (1986), e o do artista plástico Andy Warhol em Basquiat: Traços de Uma Vida (1996). Outras participações lembradas aconteceram em A Última Tentação de Cristo (1988), de Martin Scorsese, em que interpretou Pôncio Pilatos, e em O Grande Truque (2006) de Christopher Nolan, em que apareceu como o inventor Nikola Tesla.
Ainda em suas contribuições para o cinema, o cantor chegou a ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original pela música Cat People, de A Marca da Pantera (1982). Em sua própria área, David foi reconhecido com mais de dez indicações ao Grammy, o prêmio máximo do mercado musical, e morreu dois dias após lançar o seu mais recente trabalho, o álbum Blackstar, que já havia alcançado a marca de 43 mil cópias vendidas antes mesmo do anúncio de sua morte, sendo o mais vendido na Grã-Bretanha, terra natal dele.
David Bowie foi diagnosticado com câncer no fígado no final de 2014, e lutava contra a doença desde então. O tipo específico de tumor do artista é o sexto mais registrado no mundo, e considerado um dos mais difíceis de ser tratado devido a sua identificação normalmente tardia. Ele deixou 2 filhos e 25 álbuns lançados durante a carreira, além de mais de vinte participações no cinema e inúmeras colaborações em quase todos os tipos de mídia.
(Fonte: Redação Papo de Cinema)