Nome fundamental da chanchada e dono de uma carreira extensa na televisão, o cineasta Carlos Manga faleceu nesta quinta-feira, dia 17 de setembro, no Rio de Janeiro. O diretor morreu aos 87 anos de idade, mas a causa da morte não foi anunciada.
Nascido em 6 de janeiro de 1928, Carlos Manga era um apaixonado por cinema, ainda que tenha estudado Direito na Universidade – mesma formação do pai. Seu amor pela sétima arte, no entanto, o impediu de seguir os passos da família. Depois de ter passado por variadas funções nos estúdios da Atlântida Cinematográfica, Manga ganhou oportunidade de trabalhar como diretor das cenas musicais do filme Carnaval Atlântida (1952). O pulo para escrever seus roteiros e dirigir seus próprios filmes não demorou e sua primeira produção, A Dupla do Barulho (1953), juntava dois dos grandes nomes da história do nosso cinema: Oscarito e Grande Otelo. Um ano depois, a parceria se repetiu em Matar ou Correr (1954), sedimentando o nome de Manga como um profissional a ser observado.
Na era de ouro da chanchada, o diretor comandaria títulos essenciais como Nem Sansão Nem Dalila (1955), Colégio de Brotos (1955) e O Homem do Sputnik (1959), um dos grandes sucessos da época, com Oscarito, Norma Bengell e Jô Soares no elenco. Com o fim da Atlântida no início dos anos 60 e com convite de Chico Anysio para trabalhar na televisão, Carlos Manga passou a dirigir poucos trabalhos para o cinema. Nem por isso, seus filmes eram menos interessantes. Em 1974, dirigiu Tarcísio Meira e Darlene Glória no policial O Marginal. E doze anos depois, em 1986, comandaria os Trapalhões em um de seus grandes filmes, Os Trapalhões e o Rei do Futebol, com a participação de Pelé. Esta foi a última produção comandada por Manga nas telonas, que passou a investir toda sua atenção para a tevê.
Dentre os projetos que o diretor comandou para a TV Globo, destacam-se suas parcerias com Chico Anysio, como Chico City (1973-1980), e as séries que produzia, como Agosto (1993), Memorial de Maria Moura (1994), Engraçadinha (1995) e Incidente em Antares (1994).
Depois de ter trabalhado tanto com Oscarito, Carlos Manga receberia o prêmio que leva o nome de seu amigo em 1995, no Festival de Cinema de Gramado. Antes disso, em 1983, o diretor recebeu um kikito especial pelo conjunto de sua obra. Em 2011, ganhou uma estátua no tradicional Cine Odeon durante o Festival do Rio. O diretor deixa três filhos e uma lista de filmes inesquecíveis.
(Fonte: Redação PdC)
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