Foi anunciada nesta segunda-feira, 6, a morte de Ennio Morricone, um dos maiores compositores da história do cinema, na cidade de Roma. Ele tinha 91 anos de idade, em decorrência de complicações sofridas após uma queda, meses atrás, quando fraturou o fêmur.
Embora não gostasse de ser associado apenas ao spaghetti westerns, foi com os faroestes do amigo de infância, Sergio Leone, que Morricone criou suas trilhas sonoras mais populares e marcantes. Ele compôs as famosas melodias de Por um Punhado de Dólares (1964), Por uns Dólares a Mais (1965), Três Homens em Conflito (1966) e Era uma Vez no Oeste (1968).
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No total, produziu 520 trilhas sonoras ao longo de 60 anos de carreira, entre 1960 e 2020. Apesar da idade avançada, não tinha parado de trabalhar até seus últimos dias, embora houvesse limitado seus deslocamentos. A trilha sonora de Os Oito Odiados (2015), pela qual venceu seu primeiro Oscar como compositor, foi criada sem que o músico tivesse visto uma única imagem das gravações.
Antes disso, no entanto, ele venceu um Oscar honorário pelo conjunto da carreira, em 2007, e foi indicado em cinco oportunidades, por Malèna (2000), Bugsy (1991), Os Intocáveis (1987), A Missão (1986) e Cinzas no Paraíso (1978). Entre os demais prêmios vencidos na carreira, Morricone somou três Globos de Ouro, seis prêmios BAFTA, dez Davi di Donatello, dois European Film Awards e dois Grammys.
O músico foi conhecido por se concentrar num único instrumento condutor em suas trilhas sonoras, e por combinar ruídos (tiros, chicotes, uivos de coiotes) às melodias. “Todos os sons podem ser usados para provocar emoção. A música é feita de sons da realidade”, afirmou.
