Teresinha Malka Brandwain Taiba de La Sierra tinha uma famosa personalidade forte, e ficou conhecida por empregar seus modos expansivos ao interpretar vilãs, principalmente na televisão. Sua carreira começou na década de 1950 no teatro, quando a artista passou a chamar-se Tereza Rachel, e se difundiu nas outras janelas que tinha a sua disposição, como o cinema e a TV. Mas foi nos palcos que decidiu fazer a sua casa em 1971, quando fundou no Rio um teatro com o seu nome, hoje conhecido por apelido como Terezão, apesar de ter sido comprado por uma igreja que manteve o nome da atriz apenas na sala principal de apresentações.
Dentre diversas polêmicas, uma pela que é muito lembrada é do final década de 1980, quando ela e o marido, o diretor Ipojuca Pontes (que a dirigiu nos filmes A Volta do Filho Pródigo, 1978, e Pedro Mico, 1985), apoiaram abertamente Fernando Collor de Mello, durante o governo do qual o cineasta foi Secretário Nacional da Cultura, extinguindo a Embrafilme – fato que perseguiria a carreira da atriz, que jamais retornou aos cinemas. Foi a época então em que se concentrou nas grandes vilãs que a consagraram na teledramaturgia, sendo a mais icônica, a Rainha Valentine, de Que Rei Sou Eu? (1989), embora nos últimos anos estivesse mais afastada das telas, fazendo apenas pequenas participações. Dama no teatro e presença marcante nas telas grandes e pequenas, Tereza Rachel se despede deixando mais de 30 títulos filmados e outras inúmeras contribuições nos palcos.
(Fonte: Redação Papo de Cinema)
