Nesta quinta-feira, 6 de janeiro, foi comunicada a morte do diretor Peter Bogdanovich, aos 82 anos de idade. De acordo com a filha do artista, Antonia Bogdanovich, ele faleceu de causas naturais. O cineasta foi um ícone do Novo Cinema Americano, realizando obras marcantes principalmente durante os anos 1970. Embora tenha recebido críticas positivas por seu primeiro longa-metragem, o suspense Na Mira da Morte (1968), despontou de fato com A Última Sessão de Cinema (1971), seu segundo filme, indicado a 8 Oscars, e vencedor nas categorias de melhor ator coadjuvante (Ben Johnson) e melhor atriz coadjuvante (Cloris Leachman).
Em seguida, tornou-se conhecido pelo grande público com produções como Essa Pequena É uma Parada (1972), Lua de Papel (1973) e O Tatuado (1979). Ao longo de mais de quatro décadas de carreira, acumulou duas indicações ao Oscar (ambas por A Última Sessão de Cinema, como diretor e roteirista), uma vitória no BAFTA e duas no Festival de Veneza. Ele também teve filmes exibidos no Festival de Cannes (Marcas do Destino, 1985) e no Festival de Berlim (No Mundo do Cinema, 1976).
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Bodganovich seguia ativo no cinema. Ele dirigiu a comédia Um Amor a Cada Esquina em 2014, além do documentário The Great Buster, em 2018, dedicado a Buster Keaton. O cineasta preparava uma comédia intitulada One Lucky Moon, e fez pequenas participações como ator em diversas produções, a exemplo de It: Capítulo 2 (2019), Renascida das Trevas (2018) e Enquanto Somos Jovens (2014).
O cineasta foi um dos fundadores da Directors Company, dentro dos estúdios Paramount em 1972, junto de Francis Ford Coppola e William Friedkin, mas o projeto teve duração limitada. No total, dirigiu mais de 20 filmes, além de telefilmes (especialmente na década de 1990) e episódios de séries de TV, a exemplo de Família Soprano (2004), no qual teve um papel recorrente como ator.