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Mostra Audiovisual Ken Jacobs segue até dia 13 no Rio de Janeiro

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O mais novo homenageado da Caixa Cultural do Rio de Janeiro (Av. Almirante Barroso, 25 – Centro) é o diretor Ken Jacobs, que foi aluno do artista e pintor Hans Hofmann na juventude. Até 13 de março, a mostra apresenta 21 filmes do realizador, com destaque para sua grande obra Star Spangled to Death, concluída em 2004, após quase 50 anos de produção. Com 7h20 de duração, o longa será exibido no dia 4 de março, em duas partes, no Cinema 1 do local. Com temática polêmica, aborda questões como racismo, militarismo e guerras tendo como foco os Estados Unidos. O projeto também reúne um vasto acervo de objetos pessoais do artista, que se confessa um amante da sétima arte norte-americano. O valor do ingresso é de R$ 4,00, com meia entrada para estudantes e clientes Caixa.

Um dos pontos altos da mostra são duas master classes, a primeira com a diretora e professora Paula Gaitán e a outra com o próprio homenageado. A aula ministrada por Gaitán fará uma passagem por toda a obra de Jacobs, exibindo trechos de longas e fazendo paralelos com outros realizadores do cinema experimental americano, como Stan Brakhage (1933 – 2003), Harry Smith (1923 – 1991), Jonas Mekas e Marie Menken (1909 – 1970). Já a realizada pelo cineasta será dada online e abordará, diretamente de Nova York, o tema Profundidade e Pobreza. Os encontros acontecerão no dia 5 e no dia 10 de março, sempre às 16h.

Jacobs, considerado um dos principais expoentes do cinema experimental, começou sua carreira com exercícios em super 8 e 16mm, abraçou o vídeo e se tornou mais ativo com a chegada do digital e do 3D. Em suas obras, costuma usar trechos de produções antigas dando novas formas às imagens em experimentos no computador. Também coloca em prática técnicas de diferentes suportes como a do Sistema Nervoso, que consiste em quebrar a ilusão da narrativa cinematográfica contínua da realidade, o que permite ao espectador ficar exposto aos múltiplos sentidos visuais e auditivos. Exemplo dessa técnica é o filme Tom, Tom, The Piper’s Son (1969), que deu início ao trabalho inovador do cineasta de fazer experimentações com a imagem.

No Festival de Berlim 2014, exibiu The Guests (2014), no qual ele dilata a duração do curta-metragem original dos irmãos Lumière em mais de uma hora, com o uso do slow motion, e introduz o 3D onde não há. Em 2010, foi homenageado no Festival de Curtas da Vila do Conde, em Portugal e, em 2013, com retrospectivas no Festival de Torino e no Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York. Por mais de três décadas, foi professor da Binghamton University, de Nova York.

A programação completa pode ser conferida no site oficial da Caixa Cultural.

(Fonte: Roma in Press)

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