Com a proposta de dar espaço e visibilidade às cinematografias da América Latina, o CineBancários, em parceria com o Consulado da Venezuela no Brasil realizam, entre os dias 6 e 18 de dezembro, na Rua General Câmara, nº 424 – Centro – Porto Alegre, uma mostra dedicada ao cinema venezuelano contemporâneo.
Praticamente desconhecido no Brasil, os filmes produzidos na Venezuela tem uma forte tradição política e costumam privilegiar temas históricos e sociais. Ao longo de duas semanas, o público local poderá conhecer seis títulos recentes que ilustram o vigor e a qualidade dessa cinematografia.: Bloques, 1, 2 e 3 Mulheres, Zamora, Miranda Regressa, Comando X e Macuro.
PROGRAMAÇÃO
Bloques, de Alfredo Hueck e Carlos Caridad (Venezuela, 2008, ficção, 126 minutos)
No edifício Bloque 1, vive Manuel, um homem solitário e taciturno cujo comportamento afasta todos à sua volta, incluindo seu próprio filho. Em meio à rotina e ao álcool, surge para ele a esperança de um novo amor: Norma, cozinheira de um bar, que entra em sua vida sem se dar conta. Para o edifício Bloque 2, mudam-se os Aristigueta, família venezuelana de classe alta, empobrecida por conta das más decisões financeiras do pai. Alejandra, a filha mais velha, viveem Nova Yorkhá alguns anos, ignorando a realidade em que vivem sua família e seu país.
1, 2 e 3 Mulheres, de Andrea Herrera, Anabel Rodriguez e Andrea Ryos (Venezuela, 2008, ficção,103 minutos)
A temática da mulher e sua relação com a sociedade a partir de diferentes perspectivas e propostas estéticas através das histórias de Eloína, Rosário e Gregoria. Eloína mostra a grandeza e o valor de assumir determinadas posições no papel materno. Rosário mostra a experiência da ingenuidade no contexto da solidão e Gregoria mostra a debilidade versus o ímpeto com que toma decisões para garantir sua estabilidade emocional.
Zamora, de Román Chalbaud (Venezuela, 2009, ficção,131 minutos)
Venezuela. Na segunda metade do século XIX, a polarização entre Liberais e Conservadores marcava o momento político. As desigualdades sociais herdadas ainda na Colônia mantinham os campesinos e os escravos sob o poder da oligarquia. Ezequiel Zamora, mobilizado por profundos ideais de liberdade, encabeça uma luta para tentar apagar a opulência de poucos e a miséria de muitos e repartir equitativamente as terras.
Miranda Regressa, de Henry Herrera (Venezuela, 2007, ficção,145 minutos)
Um repórter entra clandestinamente na cela de Miranda, na Carraca, em 10 de julho de 1816. O jovem jornalista pediu ao General que lhe concedera uma entrevista, a fim de propagar seu pensamento anticolonial em um importante jornal que é publicado furtivamenteem Cádiz. Miranda, já um macaco velho da geopolítica internacional, desde o século passado, desconfia do impetuoso repórter que, aos poucos, ganha a sua confiança, até que o prisioneiro se compromete a conceder-lhe a entrevista. Aqui começa uma retrospectiva, uma jornada da vida do general onde o retorno ao passado, os momentos mais significativos na construção de formação do jovem general, o sedutor, o soldado espanhol, o iluminado, o desertor, o independentista, a política, o guerreiro, o contrabandista, o espião, o herege, o conspirador e o precursor, é narrado para revelar a magnitude de Francisco Miranda, para sempre, talvez, o mais universal de todos os venezuelanos.
Comando X, de José Antonio Varela (Venezuela, 2007, ficção, 92 minutos)
Uma divertida comédia de enredos, que narra vícios e dilemas de Manuel, um rapaz pobre que se apaixona por Lucia, uma jovem de classe média alta de Caracas. Ela é filha do chefe do “Comando”, um grupo de oposição extremista que planeja um atentado para derrubar um governo legítimo. Trata-se de uma divertida história que, pouco a pouco, se transforma em uma trama sombria quando o “Comando”, assessorado por agentes estrangeiros, irá executar um terrível atentado e Manuel precisa tomar uma difícil decisão: deter o tétrico atentado e perder o seu amor ou salvar a cidade desse horror.
Macuro, de Eduardo Troche (Venezuela, 2008, ficção, 91 minutos)
A história de Macuro, uma comunidade pesqueira do oriente do país, que se vê afetada por uma grande falta de eletricidade. Frente à ausência de energia, a comunidade decide pedir ajuda a uma grande fábrica de cimento que conta com um grande gerador. O desprezo da fábrica motiva os cidadãos a tomar medidas inesperadas, criando rebeliões com grandes consequências individuais e coletivas.
GRADE DE HORÁRIOS
6 de dezembro (terça-feira)
19h – Coquetel de abertura, seguido da exibição do filme Bloques, com a presença Cônsul geral da Venezuela no Brasil, Sr Robert Torrealba, e da Consul geral da Venezuela no Brasil Srª Ingrid Ojeda.
7 de dezembro (quarta-feira)
15h– 1, 2 e 3 Mulheres
17h– Macuro
19h– Miranda Regressa
8 de dezembro (quinta-feira)
15h – Macuro
17h– Comando X
19h – Zamora
9 de dezembro (sexta-feira)
15h – 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Bloques
10 de dezembro (sábado)
15h – Comando X
17h – 1, 2 e 3 Mulheres
19h– Miranda Regressa
11 de dezembro (domingo)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Zamora
13 a 18 de dezembro
13 de dezembro (terça-feira)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Miranda Regressa
14 de dezembro (quarta-feira)
15h– 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Bloques
15 de dezembro (quinta-feira)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Zamora
16 de dezembro (sexta-feira)
15h – 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Miranda Regressa
17 de dezembro (sábado)
15h – Comando X
17h – 1, 2 e 3 Mulheres
19h – Zamora
18 de dezembro (domingo)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Bloques
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