A mostra contará ainda com uma exposição, no saguão do cinema, de cartazes originais e fotos de filmagens dos filmes de Aki Kaurismäki, pertencentes ao Instituto Finlandês de Cinema. No dia 25 de julho (sábado), às 14h, será realizada uma oficina gratuita com o diretor de fotografia Jacques Cheuiche, que integrou a equipe de três projetos de Kaurismäki. Ao longo da oficina, Jacques exibirá e comentará as cenas dos filmes, contando curiosidades de filmagem e bastidores, e apresentará também as funções de um fotógrafo e de um operador de câmera em um set de filmagem, bem como o método de direção de Kaurismaki. A atividade terá 78 vagas disponíveis e é voltada para estudantes de cinema, comunicação e Letras. Inscrições e outras informações podem ser acessadas no site oficial da mostra.
Entre os longas-metragens que serão exibidos destacam-se Contratei um Matador Profissional (1990), com o astro francês Jean-Pierre Léaud; Os Leningrados Cowboys vão para a América (1989), o filme que tornou Aki conhecido internacionalmente e que tem participação especial do cineasta Jim Jarmush no elenco; O Homem sem Passado (2002), que ganhou o Grande Prêmio e o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Cannes 2002 e foi nomeado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2003; e seu último longa, O Porto (2011), que conquistou diversos prêmios internacionais, entre eles o Prêmio Fipresci, Menção Especial – Prêmio do Júri Ecumênico e a Palm Dog (para a cachorra Laïka) no Festival de Cannes, e Melhor Filme Estrangeiro no Festival de Chicago.
Kaurismäki escreve, dirige, produz e, quase sempre, edita seus filmes, que raramente excedem 90 minutos. São, geralmente, excêntricas paródias de vários gêneros – road movies, filmes noir e musicais -, muitas delas rodadas em Helsinque, capital da Finlândia. “Os filmes de Kaurismäki possuem uma atmosfera etérea, repleta de afeto e ao mesmo tempo sublinhada por um toque nonsense e divertido. A sua obra é original, surpreendente e inusitada, e confere ao finlandês a posição de um dos cineastas em atividade mais cultuado por seu público e prestigiado pela crítica mundial”, comenta o curador João Juarez Guimarães.
Aki chamou a atenção logo com seu primeiro longa-metragem de ficção, Crime e Castigo (1983), versão livre do clássico de Dostoiévski. Neste filme de estreia como diretor, já se encontravam os elementos que caracterizam sua obra: personagens lacônicos de pessoas comuns, diálogos resumidos ao essencial para que a história seja compreensível, privilegiando a resolução da trama em termos visuais e o uso constante de planos gerais com longa duração.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Rio de Janeiro)