O cinema brasileiro é riquíssimo, mas isso não chega a ser uma novidade. A surpresa, no entanto, é que parte dessas milhões de produções nacionais integrarão um projeto especial em comemoração ao Bicentenário da Independência. Intitulada 200 Anos da Independência em 200 Filmes, a mostra ocorrerá em junho de forma presencial (paga) e online (gratuita). Entre os dias 02 e 30, o público poderá assistir a 100 curtas e a 100 longas pela plataforma de streaming #CulturaEmCasa e presencial no Petra Belas Artes (R. da Consolação, 2423 – Consolação), em São Paulo. As sessões terão preços populares (de R$ 4,00 e R$ 2 – meia entrada). A abertura, porém, será no dia 31 de maio, com o filme Um Broto Legal (2022), de Luiz Alberto Pereira, que narra a trajetória da cantora Celly Campello.
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O Brasil é um dos países com filmografia mais antiga e contínua do mundo. A primeira exibição aconteceu em 1896, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, Afonso Segreto produziu um documentário curto com cenas da Baía de Guanabara, considerado o marco zero da produção nacional. Desde então, mesmo enfrentando algumas crises graves, a produção foi continuada.
Vale lembrar que as atividades contarão com obras de diversos períodos e movimentos tais como Cinédia, Vera Cruz, Chanchadas da Atlântida, Cinema Novo pioneiros, Cinema Marginal do Rio, Cinema Marginal de SP, Boca do Lixo, Pornochanchadas, Cinema da Embrafilme, Novo Cinema Paulista, Cinema da Retomada, além da produção atual. Confira abaixo a relação de títulos já confirmados:
- A Filha do Advogado (1926), de Jota Soares
- Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro
- Matar ou Correr (1954), de Carlos Manga
- Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos
- O Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias
- Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos
- Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri
- À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins
- A Grande Cidade (1966), de Carlos Diegues
- A Margem (1967), de Ozualdo Ribeiro
- Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor
- Lilian M: Confissões Amorosas (Relatório Confidencial) (1975), de Carlos Reichenbach
- Ladrões de Cinema (1977), de Fernando Coni Campos
- Cabra Marcado Para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho
- As Sete Vampiras (1986), de Ivan Cardoso
- Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach
- A Dama do Cine Shanghai (1987), de Guilherme de Almeida Prado
- Anahy de las Misiones (1997), de Sérgio Silva
- Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas/Lírio Ferreira
- O Invasor (2001), de Beto Brant
- Branco Sai, Preto Fica (2014), de Adirley Queirós
- Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert
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